O Ibovespa (IBOV) fechou com um acréscimo tímido nesta segunda-feira, marcada por volume reduzido em razão de feriado nos Estados Unidos, com a Petrobras (PETR3; PETR4) oferecendo um suporte positivo relevante ajudada pela alta dos preços do petróleo no exterior.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,15%, a 124.495,68 pontos, após marcar 124.081,39 pontos na mínima e 124.534,59 pontos na máxima do dia.
O giro financeiro somou 10,3 bilhões de reais, de uma média diária de 24 bilhões de reais em 2024.
Nos Estados Unidos, as bolsas não funcionaram devido ao feriado do Memorial Day.
A semana no Brasil, por sua vez, começou com nova piora nas projeções para a inflação. Pesquisa Focus mostrou que a estimativa para o IPCA em 2024 é agora de 3,86%, ante previsão de 3,80% há uma semana. Para 2025, passou de 3,74% para 3,75%.
As estimativas para a Selic, a taxa básica de juros, porém, foram mantidas tanto para o final deste ano, quanto para o ano que vem, em 10,00% e 9,00%, respectivamente.
Na terça-feira, o IBGE divulga o IPCA-15 de maio, que segundo economistas do Bradesco deve apresentar alta de 0,49%, em resultado pressionado por preços administrados e de alimentos, mas com composição benigna.
Também estão previstos na agenda local na próxima sessão dados do mercado de trabalho (Caged), preços ao produtor, confiança da indústria e resultado primário do governo central.
De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, com o mercado norte-americano fechado e nova piora na perspectiva de inflação no Brasil, tendo a divulgação do IPCA-15 na terça-feira, prevaleceu a cautela.
“Tal cenário não anima nem o comprador nem o vendedor. Mercado fica sem tendência e sem liquidez”, afirmou.
Destaques
Petrobras (PETR4) avançou 1,09%, favorecida pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent fechou em alta de 1,2%. Petrobras (PETR3) subiu 1,02%
Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 0,35%, enquanto Bradesco (BBDC4) encerrou com decréscimo de 0,31%, tendo como pano de fundo dados do Banco Central mostrando que as concessões de empréstimos no Brasil recuaram 1,6% em abril ante março. Banco do Brasil (BBAS3) ganhou 1,22%.
Vale (VALE3) subiu 0,34%, apesar da fraqueza dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com queda de 1,1%, a 899 iuanes (124,10 dólares) a tonelada.
Raízen (RAIZ4) fechou em alta de 2,47%, experimentando nova trégua após tocar uma mínima de fechamento desde abril na última quarta-feira, a 2,81 reais, completando cinco pregões de baixa. Na sexta-feira, a Raízen inaugurou sua segunda planta de produção de etanol de segunda geração.
GPA (PCAR3) avançou 2,65%, também completando três pregões sem fechar em queda, enquanto, no setor, Carrefour Brasil (CRFB3) subiu 0,78% e Assai (ASAI3) registrou uma variação negativa de 0,31%.
Yduqs (YDUQ3) perdeu 3,96%, no terceiro dia de queda, após disparar na esteira de previsões do grupo de educação divulgadas na terça-feira da semana passada.
Azul (AZUL4) caiu 2,32%, tendo de pano de fundo anúncio de um plano de cinco anos pela Gol para sair da recuperação judicial nos EUA e melhorar os resultados, embora isso deva pressionar as margens em 2024 antes de uma recuperação esperada a partir de 2025.
Gol (GOLL4), que não faz parte do Ibovespa, recuou 3,55%.