O Ibovespa (IBOV) avançava mais de 1% nesta sexta-feira, endossado pelo declínio nos rendimentos dos Treasuries, após dados sem surpresas negativas sobre a inflação norte-americana alimentarem apostas de que o Federal Reserve deve começar a reduzir os juros da maior economia do mundo em setembro.
Em paralelo, o IPCA-15 subiu menos do que o esperado em abril, com uma queda nos custos de transportes compensando o peso dos preços de alimentos, levando a taxa em 12 meses a ficar abaixo de 4%. No mês, houve alta de 0,21%, abaixo das expectativas de elevação de 0,29%.
Às 12h37, o Ibovespa subia 1,36%, a 126.346,37 pontos. O volume financeiro somava 6,8 bilhões de reais.]
Nos Estados Unidos, o rendimento do título de 10 anos do Tesouro cedia a 4,6692%, após dados mostrando que o índice de preços PCE subiu 0,3% no mês passado, com ganho anual de 2,7%. O núcleo dos preços também subiu 0,3% durante o mês, como esperado, para um ganho anual de 2,8%.
Após o relatório, os juros futuros embutiam cerca de 60% de chance de um corte dos juros na reunião de meados de setembro do banco central dos EUA, um pouco mais do que antes dos dados. Os operadores continuaram a ver cerca de 50% de chance de um segundo corte até o final do ano.
O Fed se reúne na próxima semana e a expectativa é de manutenção da taxa de juros em sua faixa atual de 5,25% a 5,5% e sinalização de que não há urgência nos cortes.
“A boa notícia é que os dados divulgados nesta sexta-feira não excederam as expectativas do mercado. Mas, eles não são suficientes para uma revisão das projeções do mercado sobre o início do corte de juros, que deve ocorrer em setembro”, afirmou o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung.
Ainda em Nova York, o S&P 500 avançava 0,97%, com os negócios também embalado pelo resultado da Alphabet, que disparava, atingindo mais de 2 trilhões de dólares em valor de mercado.
Destaques
Multiplan (MULT3) subia 6,03%, a 24,46 reais, após a operadora de shopping centers reportar na noite da véspera lucro líquido de 267 milhões de reais no primeiro trimestre, uma alta de 28,9% frente ao mesmo período do ano anterior.
GPA (PCAR3) recuava 1,41%, a 2,79 reais, em dia de ajustes, após acumular até a véspera um salto de 14,57% na semana.
Vale (VALE3) subia 0,59%, a 62,59 reais, conforme os futuros do minério de ferro tiveram a terceira semana consecutiva de alta na China. No dia, o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com variação positiva de 0,06%.
Petrobras (PETR4) avançava 1,22%, a 41,59 reais, favorecida pelo viés positivo dos preços do petróleo no exterior e com agentes ainda repercutindo decisão em assembleia da empresa de distribuir parte dos dividendos extraordinários que haviam sido retidos.
Itaú Unibanco (ITUB4) ganhava 1,20%, a 32,06 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) subia 1,61%, a 13,88 reais.