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Ibovespa: Veja os 9 destaques do fechamento

O Ibovespa caiu 0,05%, a 114.004,3 pontos, passando ao território negativo nos ajustes de fechamento.

por Reuters
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B3 Ibovespa

O Ibovespa (IBOV) fechou praticamente estável nesta quinta-feira, quase perdendo o patamar dos 114 mil pontos nos ajustes finais, pressionado particularmente pelo declínio das ações da Vale (VALE3), enquanto a alta dos papéis de Itaú Unibanco e Equatorial forneceu algum contrapeso.

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Investidores também acompanharam declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, incluindo a afirmação de que o banco central norte-americano está “procedendo com cuidado” ao avaliar a necessidade de quaisquer outros aumentos nos juros, enquanto continuaram monitorando a situação no Oriente Médio.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,05%, a 114.004,3 pontos, passando ao território negativo nos ajustes de fechamento.

Na máxima do dia, chegou a 115.062,61 pontos. Na mínima, a 113.767,75 pontos. O volume financeiro somou 22 bilhões de reais.

Na visão de Adriano Yamamoto, diretor comercial da corretora do C6 Bank, o mercado continua bastante sensível em razão de incertezas relacionadas particularmente à política monetária norte-americana e ao ritmo da economia chinesa, mas agora também aos riscos atrelados ao conflito entre Israel e o Hamas.

Ele chamou a atenção também para a menor liquidez no mercado nas últimas semanas como um sinal de receio dos agentes financeiros, que cada vez mais devem tomar suas decisões de alocação olhando para o mercado internacional.

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(Imagem: Reprodução/Site oficial B3)
(Imagem: Reprodução/Site Oficial B3)

O volume médio diário negociado no segmento Bovespa está abaixo dos 25 milhões de reais do ano e ainda mais distante dos 29,6 milhões de reais registrados em junho o mais elevado de 2023.

“Se você tinha muitos investidores com receio e com uma convicção muito baixa de montar qualquer posição… acho que esse receio, essa dúvida aumentou”, afirmou Yamamoto, que enxergou o tom mais positivo verificado em muitas ações na bolsa paulista em parte do pregão como um movimento mais técnico.

Em Wall Street, o S&P 500 encerrou em baixa de 0,85%, após uma sessão volátil, corroborando o terceiro fechamento negativo seguido do Ibovespa, em mais uma sessão de alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, com o Treasury de 10 anos marcando 4,9898% no final da tarde.

No começo da tarde, ao falar no Economic Club of New York, Powell afirmou que a economia dos EUA e o mercado de trabalho ainda apertado podem justificar novos aumentos da taxa de juros, embora tenha ponderado que é preciso “paciência” para ver o efeito do aperto monetário.

Ele também acrescentou que a política monetária dos EUA não está rígida demais, mas citou que a recente alta nos rendimentos dos Treasuries de longo prazo está tornando as condições financeiras mais restritiva e pode “na margem” significar que há menos necessidade de o Fed aumentar ainda mais os juros.

Para o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori, o discurso de Powell não ajudou muito para iluminar mais o que pode vir em termos de decisão. Ele acrescentou que, diferentemente da última reunião, está mais difícil cravar antecipadamente se vai ou não haver novo aumento de juros em novembro.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed estará reunido em 31 de outubro e 1 de novembro e uma decisão será anunciada no segundo dia. No último encontro, em setembro, a taxa foi mantida na faixa de 5,25% a 5,5% ao ano.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Amanda Perobelli)

“Eu arriscaria dizer que se a reunião fosse hoje a probabilidade de manutenção seria maior. Mas tem muita coisa para acontecer até o final do mês, particularmente com relação aos desdobramentos da guerra no Oriente Médio”, disse Igliori.

Ele acrescentou ainda que o debate está prestes a virar, deixando de ser tanto sobre o nível final da taxa e mais sobre o tempo em que ela precisará permanecer nos patamares atuais. “Acredito que o ‘higher’ esteja praticamente dado, já o ‘longer’ está bem mais indefinido”, afirmou.

Destaques

Vale (VALE3) caiu 1,44%, a 64,42 reais, mesmo com o avanço dos futuros do minério de ferro na China, embora a produção de aço mais fraca do que o esperado tenha limitado a alta.

O contrato mais negociado em Dalian subiu 0,4% nas negociações diurnas.

Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 1,16%, a 27,06 reais e Bradesco (BBDC4) subiu 0,49%, a 14,43 reais, recuperando-se após perdas nos últimos dois pregões de 3,5% e 1,9%, respectivamente.

No setor financeiro, também chamou a atenção a alta de 6,53% de Cielo (CIEL3), para 3,75 reais.

Copel (CPLE6) fechou em alta de 2,97%, a 8,33 reais, após divulgar na véspera que seu programa de demissão voluntária (PDV) teve 1.437 adesões efetivadas, com custo estimado de 610 milhões de reais referentes a indenizações e despesas adicionais.

O setor ainda encontrou suporte em expectativa de que as companhias de energia elétrica não sejam enquadradas no imposto seletivo a ser criado após a reforma tributária. O índice de energia elétrica da B3 avançou 1,33%.

Petrobras (PETR4) recuou 0,47%, a 38,34 reais, após renovar máximas históricas na véspera.

Ainda assim, terminou distante da mínima do dia, quando chegou a 37,92 reais, conforme os preços do petróleo se recuperaram no exterior, com o barril de Brent encerrando o pregão com elevação de 0,96%.

Grupo Soma (SOMA3) valorizou-se 1,72%, a 5,33 reais, em dia de ajustes em alguns papéis de empresas relacionadas a consumo, mesmo com a piora na curva de juros durante a sessão.

No caso do Grupo Soma, a ação vinha de cinco pregões de baixa, período em que acumulou queda de 16,6%.

Magzine Luiza (MGLU3), por sua vez, cedeu 6,94%, a 1,61 real.

Na véspera, a ação chegou a saltar 7,7% na máxima do pregão, mas fechou o dia com elevação mais modesta, de 2,4%.

Casas Bahia (BHIA3) encerrou o dia em baixa de 3,85%, a 0,50 real.

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