O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou sua alta mais do que o esperado em julho devido principalmente ao avanço nos preços de commodities agrícolas e minerais para os produtores, além de preços mais altos aos consumidores, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
O IGP-DI subiu 0,83% em julho, depois de avanço de 0,50% no mês anterior, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,69%. O resultado levou o índice a subir 4,16% em 12 meses.
“A taxa do índice ao produtor acelerou impulsionada pelo aumento dos preços de commodities agrícolas e minerais, além da alta no preço da gasolina. A taxa não foi ainda mais expressiva devido à retração dos preços de alimentos in natura”, disse André Braz, coordenador dos índices de preços.
No período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do indicador geral, subiu 0,93%, de alta de 0,55% no mês anterior.
No IPA, a alta no estágio de Matérias-Primas Brutas se fortaleceu a 1,54% em julho, ante 0,80% no mês anterior, sendo que as principais contribuições para esse movimento foram dos subgrupos de minério de ferro, que registrou no mês uma alta de 1,34%, e de bovinos, com avanço de 1,89%.
Braz ainda destacou a aceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde por 30% do IGP-DI — como um fator para o resultado do índice geral. O IPC teve alta de 0,54% em julho, de 0,22% em junho.
Cinco das oito classes de despesa que compõem o índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (-0,75% para 3,48%), Transportes (0,19% para 1,09%), Habitação (0,13% para 0,61%), Despesas Diversas (0,44% para 1,84%) e Comunicação (-0,08% para 0,11%).
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, ficou próximo a estabilidade, com alta de 0,72% em julho, de 0,71% antes.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.