O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) recuou 0,30% em março, desacelerando a queda ante -0,41% em fevereiro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), destacando a recuperação nos preços de algumas commodities agrícolas.
Com esse resultado, o índice geral passou a acumular baixa de 4,00% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, arrefeceu a queda para 0,50% no mês passado, ante recuo de 0,76% em fevereiro.
“Os fatores determinantes para a diminuição menos acentuada do índice ao produtor incluem a variação nos preços da soja, que passou de uma queda de 10,02% para um aumento de 2,71%, além das alterações nas variações da mandioca, de -0,54% para um acréscimo de 7,02%, e do açúcar VHP, que passou de -1,17% para 7,45%”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, reduziu a alta para 0,10% em março, de 0,55% em fevereiro, principalmente sob a influência da alimentação.
“Itens in natura, como a batata inglesa e a cenoura, apresentaram significativas flutuações de preço, indo de 10,02% para -16,51% e de 13,65% para -6,51%, respectivamente”, disse Braz.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, avançou 0,28% em março, ante alta de 0,13% no mês anterior. “No setor da construção civil, um leve aumento nos custos da mão de obra, de 0,05% para 0,42%, contribuiu para a aceleração do índice”, completou Braz.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.