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Índice Empire State sobe a -4,7 em agosto, acima do esperado

Os novos pedidos, um indicador crucial da demanda futura, caíram significativamente, com o índice de novos pedidos diminuindo para -7,9

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Indústria

O Índice de Atividade Industrial Empire State, divulgado pelo Federal Reserve Bank de Nova York, apresentou um ligeiro declínio em agosto de 2024, refletindo uma continuação das condições fracas no setor manufatureiro do estado de Nova York. O índice principal das condições gerais de negócios registrou -4,7 pontos, permanecendo relativamente estável em relação ao mês anterior, mas ainda em território negativo, o que indica uma contração na atividade industrial.

Analistas consultados pela FactSet previam avanço do indicador a -5 neste mês de agosto.

Os novos pedidos, um indicador crucial da demanda futura, caíram significativamente, com o índice de novos pedidos diminuindo para -7,9. Essa queda de sete pontos em comparação ao mês anterior sugere que as empresas continuam a enfrentar dificuldades na obtenção de novos contratos, o que pode ser um sinal de enfraquecimento da demanda no mercado.

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As remessas de produtos, outro indicador chave, mantiveram-se estáveis em agosto, com o índice correspondente permanecendo próximo de zero. Isso indica que, embora as entregas não tenham aumentado, também não houve uma redução significativa, apontando para uma estagnação no volume de negócios das empresas.

Além disso, os estoques das empresas continuaram a diminuir pelo segundo mês consecutivo, com o índice de estoques caindo para -10,6. A redução dos estoques pode refletir uma resposta das empresas à demanda fraca ou uma tentativa de ajustar os níveis de estoque para se alinhar melhor às condições de mercado.

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O mercado de trabalho, por sua vez, permaneceu frágil, com o índice de número de empregados registrando -6,7, um indicador de que as empresas continuam a reduzir suas equipes. Além disso, o índice de horas trabalhadas caiu acentuadamente para -17,8, sinalizando uma redução significativa nas horas de trabalho oferecidas aos funcionários, o que pode ser reflexo das tentativas das empresas de cortar custos em meio à incerteza econômica.

Os preços dos insumos, embora ainda em alta, mostraram sinais de desaceleração. O índice de preços pagos caiu três pontos, para 23,4, indicando um leve alívio nas pressões de custo para as empresas. Por outro lado, o índice de preços recebidos, que mede o quanto as empresas estão conseguindo repassar os custos aos clientes, subiu ligeiramente para 8,5, mas permaneceu em um nível baixo, sugerindo que as empresas estão tendo dificuldade em aumentar os preços de venda.

Apesar das condições econômicas desafiadoras, as empresas demonstraram um otimismo moderado em relação ao futuro. O índice de condições futuras de negócios atingiu 22,9 pontos, com 45% dos entrevistados esperando uma melhoria nas condições de negócios nos próximos seis meses. Esse otimismo pode estar relacionado às expectativas de recuperação econômica ou ao ajuste das operações das empresas para enfrentar melhor o ambiente atual.

As expectativas de crescimento do emprego também melhoraram, com o índice correspondente subindo para 17,6. As empresas parecem mais dispostas a contratar no futuro, embora ainda estejam cautelosas em aumentar as horas trabalhadas no curto prazo, conforme indicado pelo índice de horas futuras, que também registrou um leve aumento.

Os planos de gastos de capital, que são um indicador das intenções de investimento das empresas, mostraram algum fortalecimento em comparação ao mês anterior, embora ainda permaneçam em níveis relativamente baixos. O índice de gastos de capital subiu para 8,5, indicando que algumas empresas estão planejando investimentos, possivelmente para melhorar a eficiência ou expandir suas operações em antecipação a uma recuperação.

Veja o índice Empire State

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