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Indústria de máquinas despenca no Brasil em março

O consumo aparente de máquinas e equipamentos caiu 20,6%, para R$ 28,1 bilhões, retraindo 14,5% no primeiro trimestre sobre um ano antes

por Reuters
3 min leitura
Máquinas Indústria (Imagem: Reprodução/REUTERS/Sakura Murakami)

A indústria de máquinas e equipamentos deve revisar para baixo a perspectiva de crescimento do setor neste ano após a queda de 27% no faturamento de março sobre um ano antes, afirmou a associação do setor, Abimaq, nesta terça-feira.

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“Porque a gente começou com um resultado das receitas muito mais fraco do que a gente esperava nesse início de ano”, disse a diretora-executiva de economia da Abimaq, Cristina Zanella, em entrevista a jornalistas. A previsão da associação para este ano é de alta de 3,5% no faturamento do setor.

Em março, a receita líquida total da indústria de máquinas despencou 27,1% frente um ano antes, para 20,6 bilhões de reais, segundo os dados da entidade. No acumulado do primeiro trimestre, a queda no faturamento foi de 21,3%, a 56,6 bilhões de reais.

Segundo Zanella, a entidade está aguardando a divulgação de dados da economia nas próximas semanas, como o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, para a revisão dos números do setor.

Considerando apenas os negócios feitos no Brasil, a receita líquida do setor caiu 28,1% em março, para 15,5 bilhões de reais. A projeção mais atualizada da entidade neste caso é de avanço de 5,5%.

Consumo de máquinas

No mês passado, o consumo aparente de máquinas e equipamentos caiu 20,6%, para 28,1 bilhões de reais, retraindo 14,5% no primeiro trimestre sobre um ano antes.

As importações de máquinas ficaram praticamente estáveis no mês passado, enquanto as exportações recuaram 17,6%.

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Apesar da utilização de capacidade instalada da indústria em março ter apresentado um segundo crescimento consecutivo, para 74,5%, o nível segue abaixo de um ano antes, de 77,8%, afirmou a Abimaq.

“Os setores que vem registrando melhora na sua carteira de pedidos são os que atuam no mercado de bens de consumo, logística, construção civil e os fabricantes de componentes para bens de capital”, segundo a entidade.

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