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Inflação do Brasil está um pouco pior, diz presidente do Banco Central

"Mas a gente não se comporta com dados de tempo real. Então, a gente olha isso(a inflação) como uma tendência."

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Marcos Oliveira/Agência Senado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse neste sábado que os dados de inflação mais recentes pioraram, mas destacou que o banco não se fia apenas na leitura isolada de índices para moldar suas decisões de política monetária. 

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“Recentemente até tivemos um número de inflação um pouquinho pior, muito carregado em elementos voláteis”, disse, em um evento do think thank EsferaBR.

“Mas a gente não se comporta com dados de tempo real. Então, a gente olha isso(a inflação) como uma tendência.”

A inflação atingiu 4,24% em 12 meses até agosto, acelerando pela terceira quinzena seguida e superando as previsões do mercado. 

No começo do mês, o Banco Central começou um ciclo de afrouxamento com um corte na taxa básica de juros de 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, sinalizando mais do mesmo para reuniões futuras, enquanto membros do conselho chamaram o ritmo de “apropriado”.

Após o Congresso aprovar novas regras fiscais propostas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conter o crescimento desenfreado da dívida pública, Campos Neto ressaltou que as receitas fiscais precisam ser expandidas por meios sustentáveis, melhorando as perspectivas das contas públicas e da taxa de juros. 

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Campos Neto preferiu não opinar diretamente sobre as medidas propostas para taxar fundos de investimentos offshore e fechados que o governo pretende enviar ao Congresso. 

Contudo, no geral, ele disse que as medidas deveriam tentar proteger a base das receitas, garantindo eficiência e continuidade dos processos de cobrança.

“Algumas medidas de arrecadação acabam tendo uma coisa que a gente chama de erosão de base: você cobra um imposto, mas a base diminui”, afirmou.

“Então, é importante que sejam medidas que a gente consiga perpetuar sua cobrança com eficiência, sem gerar muita má alocação de recursos no caminho.”

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