O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira que a inflação no Brasil está se comportando bem, mas sua desaceleração está ocorrendo de forma mais lenta do que a esperada.
Falando no evento Diálogos Prospectiva, Galípolo ainda afirmou que a velocidade de redução da taxa Selic pelo BC, que já realizou dois cortes de 0,5 ponto percentual nos últimos meses e sinalizou que pretende manter o ritmo em suas próximas reuniões, permite avaliar as variáveis que baseiam a decisão da autoridade monetária.
O diretor também apontou que a manutenção da meta de inflação pelo Conselho Monetária Nacional (CMN) permitiu a ancoragem das expectativas de inflação, mas disse que as especulações de alteração da meta fiscal imposta no novo arcabouço geram ruídos.
Galípolo afirmou que a dinâmica dos indicadores econômicos no Brasil pode ser explicada majoritariamente pelo cenário externo, e que a expectativa sobre a taxa de juros nos Estados Unidos é a principal variável a ser analisada no momento.
Ele ainda destacou que o Brasil reúne vantagens comparativas que geram interesse para investimentos quando comparado a seus pares e que o país pode oferecer uma transição energética e ecológica com menos custos.