A Infracommerce (IFMC3) deve parar de queimar caixa e começar a produzir um fluxo de caixa operacional positivo a partir de 2024, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes.
A empresa revelou no começo do mês que pretende realizar uma oferta primária subsequente de 150 milhões de novas ações, algo em torno de R$ 450 milhões.
“Há algum tempo que nos preocupamos com a velocidade com que a Infracommerce consumia dinheiro e com a sua situação geral de alavancagem”, destacam os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla,
Após aumento de capital, as despesas financeiras deverão cair mais de R$ 60 milhões, reduzindo o consumo de caixa para R$ 89 milhões em 2024.
Eficiência
Além disso, a Infracommerce anunciou medidas de eficiência que poderiam economizar até R$ 176 milhões em gastos operacionais por ano, com o objetivo de produzir fluxo de caixa operacoinal positivo já em 2024.
Os cortes viriam com as menores despesas de capial, de leasing e com despesas relacionadas a recebíveis antecipados de R$ 40 milhões já em 2024 e R$ 81 milhões em 2025.
“Com as nossas duas principais preocupações (estrutura de capital e consumo de caixa) sendo abordadas, estamos mais otimistas em relação às ações”, ressaltam.
As novas estimativas do BTG levaram o preço-alvo da empresa para R$ 3, o que sugere um potencial de valorização de quase 100%.