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Infraestrutura 2024: Desafios com juros altos e restrições

A avaliação é de gestores de fundos que participaram de painel no evento Expert XP, no período da tarde do sábado, 31 de agosto

por Redação Dinheirama
Juros

Os investimentos em infraestrutura vivem um “ano emblemático” com a tríade juros reais elevados, fluxo atípico vindo de fundos multimercado e restrições do Conselho Monetário Nacional (CMN) a ativos isentos.

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A avaliação é de gestores de fundos que participaram de painel no evento Expert XP, no período da tarde do sábado, 31 de agosto, e veem uma oportunidade para entrada no segmento no atual cenário macroeconômico.

“É um ano muito emblemático para infraestrutura, muito pela volta do olhar do investidor, que está mudando o mercado e tem feito uma onda grande nesse segmento”, avalia Samer Serhan, sócio e diretor de investimentos (CIO, na sigla em inglês) de crédito privado da Jive Mauá.

Para ele, muito do apetite veio em função das mudanças regulatórias do CMN, voltada a restrições em ativos isentos como letras financeiras e certificados de recebíveis imobiliário e do agronegócio (LCI, LCA, CRI e CRA). “Os incentivos mudaram e abriram oportunidade para os investidores olharem para debêntures e fundos isentos.”

Para Samuel Santos, gestor de infraestrutura da AZ Quest, além das alterações feitas pelo CMN, a tríade que os investimentos em infraestrutura têm surfado fica completa com a taxa de juros real alta e o fluxo atípico vindo de fundos multimercado. No entanto, ele diz que como os projetos de infraestrutura demoram alguns anos para serem desenvolvidos, a demanda maior que a oferta comprimiu spreads (prêmios).

“A dúvida agora é: será que os spreads estão representando os riscos que os projetos deveriam pagar por eles? E, quando estabilizar, qual o novo ponto de equilíbrio dos spreads?”, observa o gestor.

Na avaliação dos especialistas, agora é um bom momento para aproveitar oportunidades e posicionar carteiras. “Os melhores momentos para investir foram os de crise, quando consegue travar uma taxa alta. Os juros não vão ficar assim para o resto da vida, então assumindo que vai ter uma melhora econômica, o retorno será além do que está marcado no papel. É meio contraintuitivo, mas é o melhor momento para se investir”, afirma Santos.

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Além disso, Tulio Machado, gestor de infraestrutura da XP Asset, destaca que o Brasil é um país emergente, então ainda “falta tudo” em infraestrutura, e há uma regulação sólida que traz segurança. “O Brasil investe 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, mas deveria ser o dobro disso”, afirma Machado, acrescentando que há uma agenda a ser desenrolada em diferentes setores, como saneamento, rodovias, energia e telecomunicações.

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