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Insights da Febraban tech: os destaques do evento

O painel de abertura do evento aconteceu na Arena Febraban e contou com a participação dos executivos dos maiores bancos do paí

por Quantum Finance
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Arena Febraban na Febraban Tech
Arena Febraban na Febraban Tech

Aconteceu em São Paulo (SP) a 34ª edição da Febraban Tech, maior evento de tecnologia e inovação do setor financeiro. 

Os três dias de congresso reuniram os principais nomes da indústria bancária e as fintechs expoentes do mercado, incluindo a Quantum

Em trilhas separadas entre 200 painéis, o evento levantou importantes insights sobre a era da Inteligência Artificial (IA) e suas implicações para os players financeiros, desde oportunidades com as novas tecnologias a crescentes desafios em cibersegurança. 

Navegue os principais temas abordados na Febraban Tech:

A jornada responsável na nova economia da IA

O painel de abertura do evento aconteceu na Arena Febraban e contou com a participação dos executivos dos maiores bancos do país para debater o momento transformacional que a indústria está vivendo e os desafios em meio à ascensão estratosférica da IA. 

Em seu discurso de boas-vindas, Isaac Sidney, presidente da Febraban, reforçou o uso ético e responsável da inteligência artificial, bem como dos sistemas financeiros que vieram para auxiliar na jornada da instituição e do cliente. 

Segundo Sidney, soluções como o Open Finance e o futuro Drex podem, se bem conduzidos, abrir novos caminhos de negócio (não se limitando apenas ao universo bancário) e inclusão financeira. 

“Temos uma capacidade de inovação intersetorial”, defendeu. “Os bancos têm grande potencial para ultrapassar as barreiras do setor financeiro e conectar com outros setores.”

O papel dos grandes bancos na revolução com IA

Os bancos têm um papel importante como grandes agentes ESG, defenderam os CEOs do Itaú, Bradesco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal. 

Milton Maluhy Filho, do Itaú, destacou que o ESG não é uma agenda em que os grandes bancos precisam ser competidores. 

Confira as iniciativas ESG citadas pelos grandes bancos durante a Febraban Tech:

Iniciativas ESG dos grandes bancos
 
Meio ambienteMitigação de riscos climáticos por meio do processo de descarbonização da carteira de clientes
Empréstimos e financiamentosLiberação de linhas de crédito para projetos sustentáveis, como financiamento de matrizes energéticas verdes
SocialInvestimentos em capacitação de profissionais da área de tecnologia para sustentar o crescimento da indústria de IA

Os executivos também concordaram que uma jornada bancária responsável movida por IA tem como principal missão o bem-estar e a segurança do cliente.

Abaixo, destacamos projetos e propósitos com IA que os bancos têm buscado colocar em prática:

Os bancos e a IA
 
ItaúModernização das plataformas para migração em nuvem
“Visão jornada” com foco no cliente
BradescoTestes com IA generativa na BIA, a assistente virtual da empresa
Santander BrasilDesenvolvimento em codificação e atendimento
Investimentos em AAA para assessoria personalizada
Caixa Econômica FederalAplicações na plataforma Cliente Caixa para otimizar o atendimento
Utilização de ferramentas ágeis para melhorar o relacionamento com o cliente

“Precisamos transformar nossa organização, nosso legado, para nos reinventarmos todo dia. […] A gente precisa de metodologia ágil, entregar valor ao cliente, aprender com o cliente”, afirmou Maluhy Filho.

Pix, Drex e a demanda por pagamentos inteligentes

As mudanças trazidas pelo Pix para os meios de pagamentos foram temas recorrentes na Febraban Tech, e não por acaso.  

A ferramenta criada pelo Banco Central revolucionou a maneira como o brasileiro lida com o seu dinheiro e virou referência para outros países interessados em replicar a solução.  

Com o sucesso do Pix, não é difícil imaginar por que o processo de criação da moeda digital Drex pelo Banco Central está causando um burburinho no mercado.  

No painel “O avanço da iniciação de pagamentos e as oportunidades das transferências inteligentes no Open Finance”, o debate girou em torno da interoperabilidade entre as instituições financeiras para viabilizar transferências cada vez mais inteligentes.  

O Drex, aliado ao Open Finance e ao Pix, deve criar um sistema ainda mais integrado e ágil, com todas as camadas interoperacionais trabalhando em prol do usuário final.  

Porém, ao contrário do que muitos imaginam, o Drex não deve causar o mesmo impacto que o Pix no consumidor – pelo menos, não diretamente. 

Marcelo Martins, fundador da Iniciador, acredita que o Drex deve seguir a mesma ideia do Open Finance, de ser uma “estrutura de mercado” que potencializará a criação de ferramentas cada vez mais ágeis e úteis para o dia a dia do usuário brasileiro. 

Reforçando a fala de Martins, Gustavo Borges, superintendente de Tecnologia no Inter, disse que o Drex entrará muito mais nos canais B2B do que no B2C, trazendo ganhos para acordos financeiros entre empresas.

Combate às ameaças  

Se a IA trouxe uma série de benefícios para a indústria, é certo dizer que a tecnologia também elevou os seus desafios com o surgimento de golpes com deepfake e simulações por detecção de voz. 

Os bancos têm procurado investir cada vez mais em soluções de ponta voltadas para prevenção e mitigação de fraudes e outros crimes cibernéticos. Afinal, nessa indústria, os dados são a identidade do usuário.  

Mas de que maneira as instituições financeiras estão conseguindo agir e até detectar antecipadamente essas ameaças?  

Algumas tendências para autentificação foram citadas no painel “Antecipando ameaças: bancos sempre um passo à frente na segurança”. Destacamos quatro pontos abaixo:  

  1. uso intensivo de dados  
  2. visão mais técnica em relação aos riscos  
  3. perspectiva tecnológica para aproximação de análise dos riscos  
  4. evolução da biometria comportamental

Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2024 

A Febraban, em parceria com a Deloitte, trouxe dados inéditos sobre a evolução das transações financeiras no Brasil. 

32ª edição da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária foi dividida em dois volumes: enquanto o primeiro tem como foco os investimentos e as tendências em tecnologia, o segundo aborda as transações bancárias e o comportamento do consumidor brasileiro.  

O novo levantamento aponta para uma expectativa de R$ 47,4 bilhões em investimentos em tecnologia para 2024, aumento de 21,5% em relação a 2023.  

Por categorias, o maior crescimento esperado é no orçamento para CRM, que pode aumentar 73%, seguido por IA, analytics e big data, com alta esperada de 43%.

Fonte: Febraban – Deloitte

Outros números revelam que sete a cada 10 transações bancárias são feitas via mobile banking, representando 130,7 bilhões do total de volume transacionado no ano passado.  

As transações realizadas para pagamento de contas e o uso do TED no mobile banking caíram, muito por conta do Pix, que registrou um aumento de 16% no número de usuários cadastrados de 2022 para 2023. 

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