Os anos de Mahatma Gandhi quando ele era um jovem tímido que ainda não havia se tornado o reverenciado pai de uma nação estão sendo trazidos em um pub histórico de Londres e em outros locais britânicos para uma nova série.
Os produtores planejam uma série de três temporadas baseada nos livros biográficos do historiador Ramachandra Guha, “Gandhi Before India” e “Gandhi: The Years that Changed the World”.
Sameer Nair, diretor administrativo da produtora indiana Applause Entertainment, diz que o formato estendido “muito parecido com (série da Netflix) ‘The Crown'” permite um escopo maior do que, por exemplo, os filmes sobre a vida de Gandhi.
“Essa é realmente uma história de amadurecimento. É uma história muito rica que poucas pessoas conhecem. Você conhece o homem, mas não conhece a história”, afirmou Nair à Reuters durante um intervalo das filmagens no George Tavern, em Londres.
A primeira temporada, composta de oito episódios, começou a ser produzida na Índia no início do ano e está sendo filmada em Mumbai e Gujarat, além do Reino Unido.
Dirigido pelo cineasta Hansal Mehta, o ator Pratik Gandhi, de 44 anos, assume o papel principal.
Sem parentesco com Mahatma, ele já interpretou seu homônimo nos palcos nos últimos oito anos na Índia.
“Sem saber, eu estava me preparando para esse dia”, disse ele.
Apesar da preparação, Pratik Gandhi sente a pressão de representar o grande homem. Sua resposta é ancorar seu desempenho nas qualidades humanas de Gandhi.
“Ele não nasceu uma grande pessoa. Não era um super-homem ou super-humano”, disse ele. “Todas essas experiências de sua vida fizeram dele o que ele se tornou. E essas capacidades estão presentes em cada um de nós.”
O diretor Mehta diz que a série busca envolver o público mais jovem. Eles podem ser atraídos pela decisão de escalar o ator britânico Tom Felton, conhecido por suas atuações nas adaptações cinematográficas dos livros de Harry Potter.
Felton interpreta Josiah Oldfield, que se tornou amigo de Gandhi quando ele estudou direito em Londres.
O ator, de 36 anos, disse que não resistiu ao papel.
“Claramente, o mundo seria muito diferente sem ele. Participar da compreensão de por que ele se tornou o que se tornou e como foram suas ações foi praticamente óbvio para mim dizer ‘sim, eu adoraria participar disso'”, afirmou ele.