O Goldman Sachs revisou sua análise das ações da Intelbras (INTB3), reduzindo o preço-alvo para R$ 17 por ação (ante R$ 19), mas manteve a recomendação de compra, destacando a resiliência operacional da empresa mesmo com ajustes nas projeções de receita. A decisão reflete revisões macroeconômicas, câmbio e resultados do 4º trimestre de 2024.
Segundo os analistas Vitor Tomita e Milenna Okamura, as estimativas de receita para 2025-27 foram reduzidas em todos os segmentos após o fraco desempenho do quarto trimestre.
“Apesar do ajuste na receita, melhorias nas margens brutas e operacionais compensam parte da pressão”, explicam. A margem bruta foi elevada em cerca de 30 pontos-base para 2025-27, beneficiada pelo desempenho do segmento de energia, que superou expectativas no final de 2024.
A margem Ebitda também foi revisada para cima, com alta média de 70 pontos-base, impulsionada por ganhos de eficiência em custos gerais e administrativos (G&A). “A estabilidade recente nos gastos operacionais e a melhoria na margem bruta sustentam nossa visão positiva”, afirmam os analistas. O lucro líquido, porém, permaneceu praticamente inalterado, já que maiores depreciações compensaram os avanços marginais.
Descubra os melhores investimentos com uma das maiores casas de análise do Brasil (COM 30% DE DESCONTO SÓ NESTE LINK)
A revisão do preço-alvo considerou premissas mais conservadoras para a receita e um custo de capital mais alto. “A dinâmica macroeconômica e cambial exige cautela, mas a Intelbras segue com fundamentos sólidos”, destacam Tomita e Okamura. A empresa mantém margens estáveis em torno de 13%, alinhadas às projeções da gestão divulgadas no último conference call.
Apesar do corte no preço-alvo, o Goldman Sachs reitera a recomendação de compra, citando a capacidade da Intelbras de navegar em um cenário desafiador. “A combinação de disciplina operacional e exposição a setores estratégicos, como segurança e energia, reforça o caso de investimento”, concluem os analistas.