A pesquisa realizada pela XP (XP;XPBR31) em fevereiro com 161 assessores filiados revelou uma melhora no apetite por renda variável, com 20% dos clientes planejando aumentar a exposição (+2 p.p. M/M).
A percepção negativa diminuiu significativamente, enquanto o sentimento geral subiu para 5,8 em uma escala de 0 a 10.
O estudo também destacou que a renda fixa continua sendo a classe de ativos mais procurada, embora com queda no interesse.
Preocupações com riscos fiscais seguem como principal obstáculo para investimentos, mas há um movimento de maior neutralidade em relação à temporada de resultados corporativos.
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Os dados indicam uma tendência de maior equilíbrio nas decisões de alocação, com menos clientes buscando reduzir suas posições em renda variável (-13 p.p. M/M).
O Ibovespa (IBOV) é projetado para alcançar 130 mil pontos até 2025, refletindo expectativas moderadas de valorização.
Veja o que a XP disse sobre o mercado
• Intenção de exposição à renda variável cresce. A fatia de clientes que planejam aumentar a exposição subiu para 20%. Esse crescimento ocorre após meses de pessimismo, com redução de 13 pontos percentuais naqueles que buscam diminuir sua alocação. A mudança reflete uma postura mais neutra, com 63% mantendo suas posições inalteradas, indicando cautela no curto prazo.
• Sentimento sobre a Bolsa melhora significativamente. O índice de sentimento saltou para 5,8 em fevereiro. A proporção de investidores otimistas, com notas 7 ou mais, aumentou para 37%. Apesar disso, as projeções para o Ibovespa permanecem modestas, com expectativa de leve valorização até 2025, sugerindo que os investidores ainda enxergam desafios no cenário macroeconômico brasileiro.
• Renda fixa lidera preferências, mas perde espaço. Renda fixa segue como a classe de ativos mais procurada, com 76% de interesse. No entanto, houve queda de 6 pontos percentuais no mês. Fundos de renda fixa também perderam atratividade, enquanto o interesse por ações cresceu 8 pontos, mostrando um lento retorno ao mercado acionário entre os clientes consultados.
• Preocupações fiscais dominam o cenário econômico. Os riscos fiscais são vistos como principal ameaça, com 66% de preocupação. Juros elevados e instabilidade política aparecem como outros fatores relevantes. Esses temores continuam limitando a confiança dos investidores, especialmente em setores sensíveis a mudanças macroeconômicas e políticas.
• Neutralidade marca visão sobre resultados corporativos. 60% dos clientes estão neutros sobre a temporada de resultados do 4T24. Enquanto 24% demonstram otimismo, 13% estão pessimistas. Empresas com alta alavancagem financeira e sensibilidade a juros são evitadas, refletindo uma estratégia conservadora em meio à incerteza econômica atual.