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Investimentos internacionais: o que são e qual o seu papel em uma carteira diversificada

por Leonardo Moric
3 min leitura
Investimentos internacionais

Acessar mercados e ativos diferentes é uma ótima estratégia para quem quer blindar seus investimentos das variações do mercado brasileiro e aproveitar o crescimento do mercado global.

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Buscar bons rendimentos e evitar perdas é o que todos os investidores buscam no mercado financeiro, independentemente dos valores aplicados. Alocar o montante em diferentes produtos de renda variável e fixa é a melhor maneira de atingir esse objetivo.

Alocar esses valores em ativos globais também é uma ótima estratégia de diversificação. Acessar mercados e ativos diferenciados, a exposição cambial e a quantidade de ferramentas para o controle de risco estão entre as diversas vantagens dos investimentos internacionais.

Quer saber mais sobre como diversificar sua carteira com ativos internacionais? Então você está no lugar certo. Neste conteúdo, você confere o que são ativos internacionais, formas de aplicação, a importância e as principais opções de investimentos internacionais. Boa leitura!

Por que investir em ativos internacionais?

Aplicar em ativos internacionais é um caminho natural para quem busca a diversificação da carteira e a redução da exposição às oscilações do mercado brasileiro. Na prática, essa é mais uma forma de proteger seus investimentos e conseguir bons retornos.

Existem diversas opções de ativos internacionais disponíveis no mercado. É possível aplicar neles de forma simples por meio de corretoras brasileiras, por exemplo. Mas, também é possível abrir uma conta em uma corretora estrangeira e fazer suas aplicações.

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Existem diversos países com mercados financeiros bem interessantes, mas o investidor que está começando e decide diversificar com ações dos Estados Unidos já terá ganhos significativos.

Isso porque, historicamente, os investimentos em dólar possuem baixa correlação ou correlação negativa com ativos brasileiros. A baixa correlação ajuda a lidar com a volatilidade do mercado, controla o risco desse tipo de aplicação e a torna benéfica.

Formas de aplicação em ativos internacionais

Abrir conta em uma corretora internacional

Abrir conta em uma corretora de valores internacional é a forma mais comum de investir no exterior. Isso porque as bolsas estrangeiras, especialmente a dos Estados Unidos, têm empresas de todo o mundo sendo negociadas.

Isso significa que é possível adquirir ações de companhias européias, asiáticas ou da Oceania, por exemplo. Empresas de todo o mundo têm suas ações negociadas diretamente nas maiores bolsas do mundo, como a NASDAQ e a NYSE, dos Estados Unidos.

Ao abrir uma conta em uma corretora dos Estados, o investidor passa a ter acesso aos ativos e empresas de todo o mundo em um único local. Ou seja, não é preciso abrir contas em corretores de diversos países. Após abrir a conta, basta enviar os dólares para ela e começar a investir.

Fundos internacionais

Outra possibilidade para o investidor é aplicar em fundos internacionais, disponibilizados no Brasil, mas que fazem aportes em ativos de outros países. Há diversos tipos de fundos que podem atender a investidores com objetivos e perfis diferenciados.

Esses fundos de investimento são uma modalidade coletiva que permite que aquele grupo de investidores tenha acesso aos resultados de investimentos internacionais. O portfólio é composto conforme a estratégia de cada fundo, com foco nas oportunidades de investimento no exterior.

Neles, cada investidor adquire uma cota de participação, e os recursos são movimentados por um gestor profissional. Ele é o responsável por alocar o capital dos cotistas, conforme a estratégia definida. 

Existem fundos internacionais com aplicações em renda fixa e renda variável. O investimento pode ser feito diretamente, com a compra de ativos, ou indiretamente, quando o gestor adquire cotas de outros fundos negociados no exterior.

Exchange Traded Funds (ETFs)

Já os Exchange Traded Funds (ETFs) reúnem um conjunto de ações em um mesmo ativo, que é negociado na Bolsa. Por meio dele, é possível adquirir cotas de outros fundos como se fossem ações.

Assim, o investidor adquire cotas do ETF, que é administrado por uma gestora com base em uma estratégia de investimentos. Ele possui uma gestão passiva, ou seja, segue a distribuição de carteira de um índice.

Brazilian Depositary Receipts (BDRs)

Também é possível investir no exterior por meio do Brazilian Depositary Receipt (BDR). Este certificado de depósito de ações internacionais é negociado na B3 em reais e está disponível para quem quer investir em renda variável no exterior.

Eles funcionam como recibos dos papéis de empresas que têm capital aberto em bolsas de valores como a NASDAQ ou a NYSE. Confira empresas que têm BDRs negociados na B3:

  • Apple (AAPL34);
  • Google (GOGL34);
  • Microsoft (MSFT34);
  • Facebook (FBOK34);
  • Amazon (AMZO34);
  • Berkshire Hathaway (BERK34).

Esta é uma alternativa para que investidores em geral possam fazer suas aplicações no exterior.

A importância de se diversificar sua carteira com investimentos internacionais

A diversificação da carteira com aplicações estrangeiras permite que o investidor não dependa somente do mercado de seu país. Por exemplo, em situações de queda da Bolsa brasileira, é possível se proteger e lucrar com os ativos internacionais.

Ao diversificar sua carteira geograficamente, o investir reduz os riscos de seu portfólio de investimentos. Além disso, quem opta por essa estratégia fica exposto a toda a economia mundial, não apenas à brasileira.

Isso é importante porque muitas empresas negociadas na B3 têm atuação apenas no Brasil e não são muito impactadas pelo crescimento global. Ao investir em ações de empresas como Google e Apple, o investidor se expõe a organizações que possuem grandes investimentos de todo o mundo, não de apenas um país.

Opções de ativos internacionais para diversificar sua carteira

Confira os principais ativos internacionais nos quais você pode fazer aplicações e começar a diversificar sua carteira:

1. Stocks

As stocks são ações de empresas negociadas nas bolsas NASDAQ ou NYSE. Esse termo é usado para diferenciar as ações, ou papéis das companhias negociadas na B3, das empresas de capital aberto dos Estados Unidos. Confira alguns exemplos de empresas disponíveis para investimento:

  • Microsoft;
  • Apple;
  • Amazon;
  • Facebook;
  • Twitter;
  • Berkshire Hathaway;
  • Coca Cola;
  • McDonald’s;
  • Nike.

2. REITs

Os Real Estate Investment Trust (REITs) são parecidos com os Fundos Imobiliários (FIIs) do Brasil. Ou seja, as aplicações são feitas em empresas negociadas na Bolsa que atuam no setor imobiliário. Assim, é possível investir em:

  • Lajes corporativas;
  • Residências;
  • Hospitais;
  • Hotéis;
  • Florestas;
  • Indústrias;
  • Cassinos.

Por meio dos REITs, os imóveis citados são comprados e alugados para diversos inquilinos, de forma parecida com os FIIs. Mas, esse tipo de investimento estrangeiro permite alavancagem, ou seja, as empresas podem tomar empréstimos para comprar novos imóveis, o que não é permitido nos FIIs.

Com essa permissão, os potenciais de ganho de um REIT ficam bem mais elevados. Além disso, é necessário que 90% dos lucros líquidos dos REITs sejam repassados aos acionistas.

3. Exchange Traded Funds (ETFs)

Os ETFs são uma opção de investimento no exterior tanto por meio de uma corretora brasileira quanto por meio de uma corretora estrangeira. Quando o investidor escolhe uma corretora dos Estados Unidos, passa a ter acesso a diversos ETFs que não estão disponíveis na B3. Conheça os principais ETFs negociados:

1. VOO

Esse ETF é administrado por uma das maiores gestoras dos Estados Unidos, a Vanguard. Seu objetivo é replicar o desempenho do valor de mercado das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, que são listadas no S&P 500.

Quando o investidor opta por investir nesse ETF nos Estados Unidos, e não no Brasil, tem a vantagem de uma redução na taxa de administração. Enquanto o tributo no Brasil é de 0,24%, no VOO, a taxa passa para 0,04%. O valor unitário desse ETF está em cerca de US$ 300, mas é possível comprá-lo em frações.

2. VNQ

O VNQ também é administrado pela Vanguard e tem como objetivo replicar o índice de REITs dos Estados Unidos. Esta é uma opção para quem quer diversificar o patrimônio investido nos REITs. O valor unitário desse ETF é de cerca de US$ 100.

3. NOBL

Este ETF dos Estados Unidos é administrado pela gestora ProShares. Seu objetivo é refletir o desempenho do  índice Dividends Aristocrats, que mapeia a performance de empresas que aumentaram a distribuição de dividendos nos últimos 25 anos.

Somente cerca de 50 empresas são englobadas nesse critério atualmente. Todas as empresas têm peso igual no índice e no ETF. A taxa de administração do ETF é de 0,35% e suas cotas são negociadas a menos de US$ 100.

4. URTH

Este ETF é administrado pela gestora iShares e tem o objetivo de replicar o desempenho do índice MSCI World. Por sua vez, este índice reflete a performance das maiores empresas de capital aberto dos países desenvolvidos.

Esta é uma boa opção para quem quer diversificar seus investimentos geograficamente. Isso porque este ETF está relacionado às empresas de países como Japão, Canadá, China, Estados Unidos, Reino Unido e França.

Conclusão

A diversificação de investimentos é uma ótima estratégia para o investidor que quer ter mais segurança e alcançar mais lucros em sua carteira. Ao diversificar com investimentos internacionais, é possível aproveitar os resultados do mercado global, além da correlação mínima com os investimentos de sua carteira brasileira.


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