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Investir na Bolívia “não tem lógica”, diz analista sobre a Petrobras

"Não conseguimos entender a lógica de investir em um país com muita instabilidade política", avalia o Bradesco BBI sobre a Bolívia

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Foro Empresarial Bolivia – Brasil, em Santa Cruz de La Sierra
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Foro Empresarial Bolivia – Brasil, em Santa Cruz de La Sierra
Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Foro Empresarial Bolivia – Brasil, em Santa Cruz de La Sierra (Imagem: Valeria Arnez / Divulgação Petrobras)

A ideia da Petrobras (PETR3; PETR4) de aumentar a produção de gás na Bolívia foi questionada pelos analistas do Bradesco BBI, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (10).

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Na terça-feira, a presidente da estatal, Magda Chambriard, manifestou o interesse no incremento da produção de gás na Bolívia e no aumento do volume de importação do insumo para o Brasil. 

“Hoje o mercado consumidor brasileiro demanda 50 milhões de metros cúbicos (m³) de gás natural por dia. Acreditamos que esse mercado pode ser triplicado, alcançando 150 milhões de m³ diários. Esse gás servirá como insumo para a indústria petroquímica e para a produção de fertilizantes. A condição é que sejamos capazes de fazê-lo chegar ao Brasil a preços acessíveis”, esclareceu.

De acordo com Chambriard, o gás natural tem um papel essencial na integração energética da América do Sul. “Apostamos muito nessa sinergia entre Brasil, Bolívia e também a Argentina, países interligados pelo gasoduto”, disse.

“Não conseguimos entender a lógica de investir em um país com muita instabilidade política, com o Brasil tendo muito potencial na produção de gás natural (offshore e onshore) + importações de GNL”, explicam os analistas Vicente Falanga e José Cataldo.

Projeto exploratório

Na área de San Telmo Norte, no estado de Tarija, a Petrobras Bolívia pretende perfurar em 2025 um poço exploratório por meio do qual vai investigar o potencial das reservas de gás natural. A Petrobras Bolívia planeja investir cerca de US$ 40 milhões para perfuração desse poço, caso obtenha licença ambiental.

A área tem potencial de recuperação de cerca de 2,7 trilhões de pés cúbicos (TCF, na sigla em inglês).

“Os novos investimentos na área de San Telmo Norte reforçam nosso compromisso com a parceria entre Brasil e Bolívia, concluiu Magda Chambriard.

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Operações na Bolívia

A presidente da estatal falou ainda das perspectivas para o incremento da produção no país vizinho. A Petrobras, que já foi responsável por 60% da produção de gás natural boliviano, opera hoje 25% do total produzido no país. “Nós olhamos para frente e vemos oportunidades para serem desenvolvidas pela Petrobras ou em parcerias que merecem nosso investimento”, explicou.

Magda Chambriard discursou no Foro Empresarial Bolívia – Brasil, em Santa Cruz de La Sierra, com a presença dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Bolívia, Alberto Arce.

(Com Agência Brasil)

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