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Invista em Renda Fixa de forma inteligente: 10 pontos para criar sua estratégia

por Roberto Indech
3 min leitura
Invista em Renda Fixa de forma inteligente: 10 pontos para criar sua estratégia

Com a Selic no atual patamar, de 14,25% ao ano, investir em renda fixa é certamente uma decisão inteligente. Aliar baixo risco a excelentes rentabilidades e ganho real (acima da inflação) é algo que sempre está no radar dos investidores inteligentes, aqui e em qualquer lugar do mundo. Portanto, é hora de aproveitar os juros elevados para multiplicar seu patrimônio.

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Gosto de destacar o Tesouro Direto, especialmente os títulos pós-fixados em Selic (clique aqui para mais detalhes), mas o momento é bom para toda a renda fixa. Antes de investir, é importante prestar atenção a 10 pontos sobre este tipo de investimento. Veja o que você deve fazer sempre ao investir em renda fixa:

1. Entender o produto

Quais as principais características do ativo em que você está investindo? Ele está atrelado a algum indexador, como juros ou inflação ou algum outro? Os pagamentos são realizados de que forma ao investidor? E a tributação, como funciona? Os riscos, quais são? Quais taxas são cobradas?

Essas são as principais perguntas que um investidor precisa saber para iniciar seus investimentos. A partir disso você já terá dado um grande passo para o entendimento do mercado de ativos de renda fixa e o que estes podem proporcionar.

2. Considerar o ativo que mais se adéqua a seu perfil de investidor

Um ponto de extrema importância em ser um investidor é entender a qual perfil você atende: conservador, moderado ou agressivo. É algo simples, mas quando se realiza algumas leituras, muitos investidores optam por comprar ativos de risco apenas porque podem render mais. No entanto, esquecem de levar em consideração se possuem aversão a perdas ou não. Esse ponto é uma característica fundamental para o investidor compreender onde se encaixa.

3. Considerar o prazo

Recomendo que antes de realizar os aportes em novas aplicações, que seja estabelecido um prazo de acordo com as necessidades de cada investidor, visto que o perfil é diferente entre os alocadores. Após estar ciente de suas necessidades, você poderá estabelecer se serão investimentos de curto, médio ou longo prazo, ou inclusive se há uma necessidade de recebimento de fluxo de caixa recorrente.

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4. Considerar o objetivo

Quais as razões que o investidor leva em consideração para realizar um investimento: acumulo de patrimônio? Viagem ao exterior? Compra de carro ou casa própria? Aposentadoria? Esses e outros são os principais objetivos que costumam ser levados em conta, mas assim como na questão do prazo, o objetivo depende do perfil e da necessidade de cada investidor. Assim, recomendo que você tenha em mente qual será seu objetivo antes de realizar a aplicação.

5. Analisar as taxas

Quando falamos de análise de taxas, falamos principalmente de procurar as instituições financeiras e buscar quais oferecem as melhores taxas e atendimento. No caso de fundos de investimento, vale comparar as taxas dos fundos correlacionados.

Por exemplo, se você vai investir em um fundo DI, considerado conservador, quais taxas de administração e performance são cobradas pela instituição financeira ao longo de um ano? Ressaltando que, em geral, quanto maior a taxa, menor será seu rendimento no caso de produtos conservadores.

Veja alguns dos melhores investimentos para 2015 considerando taxas e retornos clicando aqui.

6. Entender os riscos

Quais os riscos do investimento que você está realizando? Ele possui garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC)? Esse é um tema que também precisa ser entendido antes da realização da aplicação para permitir uma análise risco-retorno deste investimento. Não se esqueça, nada é de graça (“there is no free lunch”) e quanto maior o risco, maior o retorno.

7. Buscar diversificar sua carteira de investimentos

Este é um ponto interessante e que precisa ser levado em consideração, especialmente para aqueles que detém um volume de recursos maior. O objetivo, é claro, é a minimização de riscos e a maximização de lucros.

Para os que possuem menos recursos, após realizar as aplicações de acordo com o prazo e objetivos traçados, a diversificação de investimentos é conveniente no sentido de buscar sempre uma melhor rentabilidade em relação ao seu benchmark de comparação.

8. Entender e considerar a inflação no período

O ganho real é uma das metas a serem atingidas em qualquer modalidade de investimento. Mas o que é ganho real? Simplificando em uma conta, é a taxa de juros no período menos a inflação nesse mesmo prazo, sendo o resultado dessa conta considerado o ganho real.

Por exemplo, a taxa de juros atual está em 14,25% ao ano e a inflação projetada para o final de 2015 em 9,25%, portanto o ganho real do investidor caso essas premissas se mantenham constante será de cerca de 5%. Na prática, essa conta mostra que o patrimônio terá se elevado 5% mesmo considerando a elevação média dos preços no período.

9. Escolher a forma de remuneração

Quando menciono a forma de remuneração de seus investimentos, é preciso analisar a necessidade de fluxo de recebimento mensal, semestral, anual ou se o desejo é “levar” seus investimentos até a data de vencimento, o que é necessário em alguns casos.

Aqueles que desejam um fluxo maior de recebimentos recorrentes são, em geral, investidores aposentados e que têm a necessidade de ter um fluxo para utilizar como capital de giro. Caso você não tenha esta necessidade, lembre-se que, em geral, quanto mais tempo o investimento ficar sem uso, maior poderá ser o retorno dos investimentos (juros compostos). O ideal é “casar” forma de remuneração com seus objetivos.

10. Entender a tributação

Deixando de lado algumas modalidades de investimento que possuem isenção de Imposto de Renda, caso da LCI e LCA, por exemplo, é preciso levar em consideração e se atentar ao modelo de tributação, que difere entre ativos de renda fixa e de renda variável.

Em renda fixa, a tributação é regressiva, iniciando com a cobrança de 22,5% sobre os ganhos e caindo 2,5% a cada seis meses até completar dois anos, quando a tributação atinge sua cobrança mínima, que é de 15%. Lembrando que a tributação é apenas e sempre sobre os ganhos no período de aplicação e não sobre o montante total aplicado.

Conclusão

Com os juros no patamar atual, todo brasileiro deve aproveitar para investir e garantir excelentes retornos acima da inflação, o que não acontece na caderneta de poupança, por exemplo. Atenção especial aos títulos públicos (clique para aprender mais) e também Letras de Crédito (clique e veja detalhes).

Se você ainda não investe em renda fixa, aproveite o texto de hoje para criar sua estratégia e comece a aproveitar a possibilidade de ganho real expressivo. Bons investimentos e até a próxima!

Nota: Esta coluna é mantida pela Rico.com.vc, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.

Foto “Right choice”, Shutterstock.

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