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Iochpe-Maxion pode ser alvo de compra com potencial de 154%?

Analistas do Bradesco BBI elevaram a recomendação para as ações de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 17

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Iochpe-Maxion

As ações da Iochpe-Maxion (MYPK3) sobem nesta terça-feira (30) em reação ao relatório do Bradesco BBI, divulgado na véspera, que aponta para a possibilidade de que a empresa se torne um alvo de aquisição devido ao seu valuation descontado.

Os analistas Victor Mizusaki e Renato Chanes elevaram a recomendação das ações de neutra para compra, com o preço-alvo subindo de R$ 15 para R$ 17 com o objetivo para o final de 2025.

“Além do potencial de valorização atraente, MYPK3 está sendo negociada a 3,2 vezes o múltiplo EV/EBITDA para 2025, um desconto de 39% em relação à média histórica e um desconto de 60% em relação ao custo de reposição”, explicaram.

Segundo eles, desde 2014, a empresa investiu R$ 3,8 bilhões para expandir a capacidade de produção de rodas de aço e alumínio e componentes estruturais para carros de passeio e veículos comerciais e esse valuation descontado pode atrair o interesse de empresas de private equity, apesar do mecanismo de poison pill.

“A M2 Capital Partners, por exemplo, tentou adquirir a Superior Industries a 4,8 vezes o múltiplo EV/EBITDA e a Accuride foi adquirida pela Crestview Partners a 5 vezes”, ressaltam Mizusaki e Chanes.

Potencial de 154%

Os analistas entendem que, a esse múltiplo de aquisição, uma proposta implicaria um preço de R$ 31,70 por ação. O valor significaria um potencial de valorização de aproximadamente 154% em relação ao negociado atualmente na B3.

Vale ressaltar, no entanto, que a Iochpe-Maxion tem uma regra estabelece que qualquer investidor com uma participação superior a 15% das ações deve lançar uma oferta pública para deslistar a empresa com base em uma fórmula de precificação do maior valor entre: o preço da ação de 36 meses; o maior preço pago pelo comprador nos últimos 36 meses; 9 vezes o múltiplo EV/EBITDA; ou 1,5 vez as receitas líquidas, acrescido de um prêmio de 50%.

“Essa proteção contra aquisição hostil não é proibitiva, mas exigiria coordenação com outros acionistas para convocar uma assembleia-geral para alterar ou revogar essa cláusula dos estatutos, como aconteceu com outras empresas, como Getninjas, Tenda e Hidrovias do Brasil, por exemplo”, explicam os analistas.

Reclassificação de múltiplos

Além disso, o Bradesco BBI entende que a expansão do ROIC outro fator-chave para uma reclassificação dos múltiplos.

Isso, contudo, depende de maior utilização da capacidade e preço.

“Em nossa opinião, a Iochpe-Maxion pode entregar um ROIC de longo prazo de 15%, 0,6 ponto percentual acima do seu custo de capital. Portanto, esse desconto é imerecido”, concluem.

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