Isolamento, quarentena, distanciamento social, pandemia e crise (mais uma vez) são as palavras da vez. O medo anda permeando tudo o que fazemos nos últimos dias. Cada um reage de uma forma, mas todos estão buscando desesperadamente algum controle sobre a vida e a rotina.
Em um país onde é difícil confiar nas autoridades e a comunicação se dá de forma confusa, terminamos contando conosco mesmos e com nossa casa, família e círculo de amigos mais próximos.
Com o distanciamento social, fomos obrigados a dar um pause e olhar para dentro de nossas casas. O que vimos nos agradou? É funcional? Todo o investimento que fizemos tem valido a pena? Creio que é uma chance sem precedentes para analisarmos tudo isso com carinho.
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Temos tanto medo de morrer porque valorizamos a vida, ou deveríamos valorizá-la. Convido você a um checklist e talvez a algumas mudanças quando o isolamento acabar.
Nossa família é o nosso bem mais precioso. Tudo o que fazemos é pensando neles. Casa, educação, bens, viagens, planos de saúde, reservas financeiras. Tudo isso deve servir às pessoas, e não o contrário. O tempo é de reflexão e análise de hábitos e decisões.
A hora de se alimentar bem, cuidar da própria saúde, começar uma rotina de exercícios físicos nunca chegou. Agora, pessoas jovens estão no considerado “grupo de risco” por serem extremamente obesas e terem doenças crônicas. Algumas delas poderiam ser evitadas, você sabe.
Nossas casas estão abarrotadas de coisas. Objetos que custaram muito dinheiro e podem não fazer sentido. Não estou falando de minimalismo nem de métodos de organização, mas te convidando a olhar para dentro de casa e ver se tudo o que você investiu é útil e serve ao estilo da sua família. Limpar e manter a nossa casa precisa ser uma tarefa fácil. Precisamos de bons equipamentos para isso.
A casa deveria ser um lugar agradável de viver. O tipo de entretenimento que você e sua família gostam deve estar acessível e disponível facilmente. Se vocês gostam de exercícios físicos, mas dependem totalmente de uma academia ou clube, podem pensar em adquirir alguns equipamentos para ter em casa.
Se gostam muito de jogos e filmes e precisam trabalhar e assistir as aulas de casa, mas a internet é ruim, investir em uma conexão mais rápida vai trazer paz. Cozinhar não deveria ser um drama. Bons equipamentos, simples de manusear existem aos milhares. Pra todos os gostos e situações.
Distanciamento social e os filhos
A educação que estamos dando aos nossos filhos é boa? Os adolescentes têm capacidades e independência para administrar o próprio tempo e aulas online? Demos a eles oportunidades para desenvolvimento durante a infância, ou os tornamos dependentes ao extremo? Estamos pagando por escolas que sabem se adaptar rapidamente e de forma eficaz a este período de incertezas?
Muito se fala das falhas no modelo de educação à distância que foi montado emergencialmente, mas, afinal, quem escolheu essa empresa/escola fomos nós, adultos. Em tempos normais, é claro, mas somos bem grandinhos para saber que imprevistos fazem parte da existência.
Delegar é normal e necessário, é claro. Mas não devemos delegar tanto a ponto de não reconhecermos nossas casas e nossos filhos. Negligenciar nossos corpos e nossa saúde deveria acender uma luz de alerta em nós.
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E o que isso tem a ver com educação financeira?
Para mim, autonomia e felicidade valem dinheiro. Gostar das pessoas com as quais se vive é grátis. Sentir-se bem no ambiente físico que criou para viver elimina grande parte das necessidades e ansiedades.
Saber cozinhar, gostar de ler, fazer um artesanato, cultivar certo silêncio e diversão de boa qualidade nunca foi tão importante. A pandemia e o distanciamento social nos chamam a olhar para dentro e reajustar a rota.
Que o medo da morte nos traga à realidade. A vida deve ter sentido. São os pequenos hábitos que nos formam. Decidir e repetir. Até que, quando olharmos com calma para dentro de casa e de nós mesmos, o sentimento seja de realização e satisfação. Vamos?
Foto: Pixabay.