O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que uma “nova fase” da guerra começou, à medida que as tropas do país direcionam as atenções para a região ao Norte, na fronteira com o Líbano.
No período da manhã desta quarta-feira, 18, uma série de painéis solares e walkie-talkies explodiram em várias partes do Líbano, segundo a agência oficial de notícias do país.
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Mais cedo, o Ministério da Saúde libanês confirmou que pelo menos nove pessoas morreram e 300 ficaram feridas.
As explosões ocorreram um dia depois de um aparente ataque israelense contra pagers usados pelo grupo radical xiita Hezbollah, que matou pelo menos 12 pessoas e feriu quase 3 mil.
Uma das explosões de walkie-talkies ocorreu nos funerais de três membros do Hezbollah e de uma criança mortas na terça-feira na explosão dos pagers.
O chefe do conselho executivo do Hezbollah, Hashem Safieddine, afirmou que o grupo responderá às explosões com “punição especial”.
Segundo a agência Reuters, os walkie-talkies, assim como os pagers, tinham sido comprados cinco meses atrás.
O Hezbollah evita se comunicar por celular por medo de espionagem por parte de Israel e historicamente recorre a dispositivos com tecnologias offline.
Autoridades libanesas acreditam que a agência de espionagem israelense Mossad colocou explosivos dentro de pagers importados pelo Hezbollah meses antes das detonações.
A agência tem um longo histórico de operações sofisticadas em solo estrangeiro, informou a Reuters.
Em seu pronunciamento nesta tarde, Gallant não mencionou as explosões, mas elogiou o trabalho do exército de Israel e das agências de segurança e espionagem, afirmando que os resultados foram “impressionantes”.
(Com Estadão Conteúdo)