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Itaú BBA reconhece erro e volta a cortar ação da Infracommerce

A situação do fluxo de caixa livre da Infracommerce é crítica, com um resultado negativo de R$ 130 mi, piorando em relação ao ano anterior

por Gustavo Kahil
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O Itaú BBA reajustou suas recomendações para as ações da Infracommerce (IFCM3), devido ao desempenho abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2024. Após uma avaliação detalhada, os analistas Thiago Alves Kapulskis e Cristian Faria rebaixaram a recomendação para “Desempenho de Mercado”, com um preço-alvo de R$ 3 por ação.

Em janeiro deste ano, a recomendação havia sido elevada para “Outperform”, com a expectativa de que a dinâmica operacional da empresa melhorasse substancialmente.

“A nossa tese naquela altura era que a dinâmica operacional iria melhorar, com as receitas do comércio eletrônico a acelerarem e a contribuir para um crescimento mais rápido do Ebitda e para a geração de FCF num melhor ambiente macroeconômico,” explicaram os analistas.

No entanto, os resultados do começo do ano mostraram uma realidade diferente.

Resultados fracos

O GMV (Gross Merchandise Volume) da Infracommerce contraiu 3,8% em relação ao ano anterior, uma reversão significativa comparada à expansão de 21,6% no quarto trimestre de 2023 (4T23).

“Infelizmente, o fraco desempenho no 1T24 evidenciou que tomamos uma decisão errada,” admitiram Kapulskis e Faria.

Além disso, a receita da empresa cresceu apenas 2% YoY, comparado a +2,6% no 4T23. “Uma das razões para esse desempenho de faturamento foi a rotatividade significativa de clientes, juntamente com a menor antecipação de recebíveis,” acrescentaram os analistas.

O Ebitda também apresentou números preocupantes, entrando em terreno negativo com R$ 5,5 milhões, o que representa uma margem negativa de 2,5%. As despesas totais subiram 18% YoY, impulsionadas pelo aumento de 33% nos custos dos serviços prestados.

Infracommerce
(Imagem: Reprodução/Facebook/Infracommerce)

Situação crítica

A situação do fluxo de caixa livre (FCF) também é crítica, com um resultado negativo de R$ 130 milhões, piorando em relação aos -R$ 112 milhões do ano anterior.

Diante desse cenário, o novo CEO da Infracommerce, Ivan Murias, parece estar comprometido com a recuperação da empresa. “Em nossas recentes interações com o novo CEO, tivemos a clara percepção de que a empresa está totalmente focada em mudar o rumo da situação,” relataram os analistas.

Apesar de reconhecer os esforços da liderança para ajustar as operações e melhorar o desempenho, Kapulskis e Faria são cautelosos quanto ao futuro imediato. “Embora acreditemos que a empresa está a fazer as escolhas e a estratégia corretas, admitimos que variáveis não controláveis como o ambiente macroeconômico podem trazer mais obstáculos no caminho”.

Veja o resultado da Infracommerce

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