Os analistas do mercado financeiro elevaram as projeções para o Itaú (ITUB4) após um resultado do segundo trimestre de 2024 que foi muito elogiado.
O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 10 bilhões, alta de 15,2% em relação ao período homólogo, mostrando melhora na margem financeira e na rentabilidade.
O retorno recorrente gerencial anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROE) do maior banco brasileiro em ativos totalizou 22,4%, de 20,9% um ano antes e 21,9% no primeiro trimestre de 2024.
O CEO, Milton Maluhy Filho, afirmou que considera possível continuar trabalhando com o retorno acima de 20%, uma vez que a instituição financeira continua “bastante confortável” com a dinâmica de todas as linhas de negócios.
“O novo patamar de retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), acima de 22%, se sustentável, representa, em nossa opinião, a quebra de um paradigma, estando associado ao quanto o Itaú está de fato conseguindo expandir suas próprias fronteiras, mas agora dentro de um contexto digital”, destaca Rafael Reis, analista do BB Investimentos.
Ele elevou o preço-alvo para o banco de R$ 40 para R$ 43,10 com o objetivo no final de 2025, o que representa um potencial de valorização de 28% com base no preço atual. A recomendação de compra foi reiterada.
Relógio suíço
“O Itaú – também conhecido como o “relógio suíço brasileiro” – entregou outro trimestre forte, com métricas operacionais sólidas. O crescimento da carteira de empréstimos foi retomado com uma menor exposição ao cartão de crédito – segmento de baixa renda e inadimplência controlada”, afirmam os analistas Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Rios, do Santander.
“Esperamos que um novo ciclo de crédito comece e seja a base dos resultados do próximo ano do setor de bancos”, opinam.
Os analistas da Genial Investimentos divulgaram uma análise elogiosa, com o título “Na Frente do Pelotão – A Performance Olímpica do Itaú de Lucro e Rentabilidade”.
“Com mais um trimestre consistente, reiteramos nossa recomendação de comprar para as ações do Itaú, nossa top-pick do setor financeiro, com preço-alvo de R$ 40,60. Na nossa avaliação, as ações do Itaú estão sendo negociadas com um valuation atraente”, calculam.
“Acreditamos que o trimestre reafirma a capacidade do Itaú de atender às expectativas de guidance (incluindo empréstimos) com lucratividade acima dos pares privado”, ressaltam os analistas do Goldman Sachs.
“A solidez do balanço continua a diferenciar o Itaú de seus pares, com o valor contábil expandindo 9% em um ano e impulsionando o índice CET1 para 13,1% (+90 pontos-base), apesar da distribuição de 62% (dividendos e recompra). Finalmente, todas as tendências operacionais estão em linha com a orientação”, destacam Mario Pierry e Antonio Ruette, do Bank of America.