A safra 2024/25 da Jalles Machado (JALL3) registrou moagem de 7,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, rendimento médio de 84,6 toneladas/ha e produção total de TRS de 1,1 milhão de toneladas, ficando abaixo das projeções. O Bradesco BBI destacou o impacto climático e custos elevados como desafios, enquanto o BTG Pactual revisou suas estimativas, mas manteve otimismo quanto ao futuro da empresa.
Veja as análises sobre a Jalles
• Desempenho da safra ficou abaixo do esperado. A moagem foi 4% abaixo do guidance, e a produção total de TRS (Total Recoverable Sugar, ou Açúcar Total Recuperável, em português) caiu 7% em relação às expectativas, refletindo fraco rendimento no 3T25 (-26% em relação ao 1S24).
• Estoques ainda podem trazer resultados positivos. Cerca de 51% do açúcar e 65% do etanol produzidos ainda não foram comercializados, indicando potencial aceleração de resultados em 2025.
• Mix de açúcar e custos unitários preocupam. Apesar do prêmio de preço de 53% do açúcar em relação ao etanol, o mix e os custos unitários elevados pressionam margens.
• Meta de longo prazo é otimista. A administração reforçou a meta de 9 milhões de toneladas de moagem até 2026/27, exigindo um aumento de 21% no TCH da unidade de Santa Vitória.
• Recomendações e desafios no curto prazo. O Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas destaca que a falta de visibilidade para 2025/26 pode limitar o desempenho das ações.
• Clima adverso e atrasos impactaram resultados. Condições climáticas desfavoráveis e atrasos no projeto de expansão de açúcar reduziram a produção de TRS e alteraram o mix para mais etanol.
• Revisão do Ebitda para R$ 1,48 bilhões. A safra abaixo das expectativas levou o BTG a reduzir sua projeção de Ebitda para o ano fiscal de 2025, ajustando de R$ 1,56 bilhões para R$ 1,48 bilhões.
• Expectativas para a safra 2025/26 são positivas. Condições climáticas melhoraram, e o BTG projeta um mix de açúcar de 53% a 55%, com potencial de ganhos adicionais.
• Valorização atrativa após queda das ações. Com queda de 41% no preço das ações no acumulado do ano, o BTG vê a Jalles Machado como uma oportunidade de investimento a 15% de FCF yield para 2025.
• Perspectivas de longo prazo permanecem sólidas. O banco destaca o equilíbrio financeiro e o potencial de preços mais altos de açúcar e etanol como fundamentos positivos para o futuro.