A Jalles Machado S.A. (JALL3), empresa do setor de agronegócio, divulgou nesta quarta-feira (19) suas projeções para a safra 2024/2025 com uma estimativa de um processamento de cana-de-açúcar de 8,230 milhões de toneladas, um aumento de 12% em relação às 7,350 milhões de toneladas processadas na safra 2023/2024.
Esse incremento reflete a expansão da capacidade produtiva da companhia, que deverá atingir 91,4% em 2024/2025, uma melhoria de 9,7 pontos percentuais em comparação com os 81,7% registrados na safra anterior. Além disso, a produtividade por hectare (TCH) também está prevista para aumentar, de 84,2 t/ha para 87,9 t/ha, representando um crescimento de 4,4%.
Açúcar e etanol
Outro ponto relevante nas projeções para 2024/2025 é o mix de produção da Jalles Machado. A companhia espera uma significativa mudança na proporção de produção de açúcar e etanol.
O percentual de açúcar deve saltar de 37,5% para 50,6%, um aumento de 13,1 pontos percentuais, enquanto a produção de etanol deve cair de 62,5% para 49,4%. Esta alteração estratégica no mix de produção indica uma maior ênfase na produção de açúcar, possivelmente em resposta a condições de mercado mais favoráveis para este produto.
Investimentos
No que diz respeito ao Capex (despesas de capital), a Jalles Machado planeja uma redução geral nos investimentos para a safra 2024/2025, totalizando R$ 797,5 milhões, uma queda de 7,7% em relação aos R$ 863,8 milhões gastos na safra 2023/2024.
Destaca-se a significativa redução de 62,7% nos investimentos na fábrica de açúcar de Santa Vitória e uma diminuição de 55,5% na expansão do IPO relacionada à capacidade de processamento de um milhão de toneladas. Em contrapartida, a empresa prevê um aumento de 29% nos investimentos em ativos biológicos e melhorias operacionais, totalizando R$ 205,2 milhões, um crescimento de 76,7%.
A análise detalhada das projeções de investimento mostra um enfoque mais cauteloso em expansões massivas e uma maior atenção em melhorias operacionais e ativos biológicos.
Por fim, a Jalles Machado também prevê uma leve redução nas despesas recorrentes de renovação de plantio e manutenção de entressafra, que deverão cair 6,1%, de R$ 447,5 milhões para R$ 420,3 milhões.
Veja o documento da Jalles Machado