Para o Itaú BBA, a queda do Ibovespa (IBOV) de 0,4% na quinta-feira (23), levando o índice abaixo dos 123 mil pontos, foi descolada do contexto internacional e não indica um final do repique visto em 2025.
“A verdade é que, por enquanto, o contexto gráfico segue apontando para cima visando o curto prazo, com alvo projetado para a resistência intermediária dos 125.400. O viés positivo só será desconfigurado caso o índice volte a negociar abaixo dos 120.400 pontos”, aponta o time de análise.
Os analistas Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta explicam que o investidor precisa entender que, após um período longo de queda, sempre há uma janela de oportunidade.
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“Parece que temos uma luz no fim do túnel e a janela de operações de compra para dois ou três dias, está aberta. Porém, o momento ainda sugere cautela no gráfico diário, utilizado para position trade (duração acima de 2 semanas). Ações que já estão negociando acima da média de 200 períodos acabam sendo as melhores opções, pois apresentam tendências mais consolidadas”, destacam.
Ação da Petrobras
O BBA indica as ações da Petrobras (PETR4) para ficar de olho. A ação negocia próxima à resistência e máxima histórica em R$ 37,90. Acima desta, ganhará ponto de compra com objetivos em R$ 43 e R$ 46,60. Em caso de quedas, o stop para a operação estará em R$ 31,26.
Ibovespa hoje
O Ibovespa operou indefinido na manhã desta sexta-feira, 24, dividido entre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acima do esperado em janeiro e o sinal de abrandamento dos Estados Unidos em relação a tarifas para produtos chineses. Ao mesmo tempo, os índices de ações das bolsas em Nova York têm dificuldade em seguir uma única direção enquanto o petróleo sobe moderadamente e o minério de ferro fechou com ganho de 0,69% em Dalian, na China.
Os investidores por aqui se debruçam no IPCA-15, que subiu 0,11% superando a mediana negativa de 0,01%. Os juros futuros, na ponta curta, reagem em alta, mas mostram os longos algum alívio em meio ao recuo do dólar ante o real, segue aquém dos R$ 6,00.
“O IPCA-15 pega mais na ponta curta talvez devido a uma desconfiança dos investidores no sentido de que seja necessário um aperto monetário maior”, analisa Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos.