A JBS (JBSS3) está fornecendo resíduos animais provenientes de suas operações no exterior para a produção de combustíveis renováveis para aviação e estuda iniciativa semelhante no Brasil, por meio da Friboi, disse a companhia nesta segunda-feira.
Segundo a JBS, maior processadora de carnes do mundo, em dois anos 1,2 milhão de toneladas de sebo bovino e banha de porco de suas unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália já foram direcionadas para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) e outros combustíveis renováveis.
Já no Brasil, a Friboi iniciou estudos para testar a viabilidade de fornecer resíduos animais para a produção de SAF, visto como solução importante para a aviação comercial conseguir reduzir suas emissões de carbono.
“Ao reaproveitar resíduos animais, contribuímos para o meio ambiente e ajudamos este setor crítico em seu processo de descarbonização”, disse em nota o diretor global de sustentabilidade da JBS, Jason Weller, acrescentando que a iniciativa reforça o compromisso da empresa com gestão responsável de resíduos e economia circular.
A JBS também está estudando a viabilidade de produzir combustível renovável para navios como alternativa ao “bunker oil” por meio da Biopower, sua empresa voltada para fabricação de biodiesel.
Atualmente, a Biopower possui três plantas em operação, nas cidades de Mafra (SC), Lins (SP) e Campo Verde (MT), para produção do biocombustível a partir de resíduos orgânicos do processamento de bovinos.
A companhia de carnes controlada pela J&F, holding dos irmãos e empresários Joesley e Wesley Batista, vem buscando ampliar suas iniciativas em energia sustentável.
No ano passado, a empresa deu início a um projeto para introduzir o uso de biodiesel 100% (B100) em sua frota própria de caminhões.
Um caminhão da montadora holandesa DAF vem utilizando o B100, a fim de comprovar a qualidade do biocombustível, e já passou de 120 mil km de uso.