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JetBlue, do mesmo dono da Azul, vê ações despencarem 20%

As ações sentem o efeito de análise da S&P, Moody's e Fitch - as três grandes agências de classificação de risco - que rebaixaram a JetBlue

por Gustavo Kahil
3 min leitura
JetBlue

A JetBlue Airways (JBLU), do mesmo dono da Azul (AZUL4) recorreu aos mercados de dívida para levantar capital, nesta segunda-feira, enquanto luta contra o declínio dos lucros e vendas e se prepara para um pagamento de títulos com vencimento iminente.

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Após a notícia, as ações da JetBlue caíam 20,58% para US$ 4,81 perto das 15h31 (de Brasília) nesta segunda-feira, sugerindo que os investidores, provavelmente, estão preocupados com o risco de diluição.

A empresa, com sede em Nova York, disse que planeja oferecer US$ 1,5 bilhão em dívida por meio de “Notas de Fidelidade” e US$ 1,25 bilhão em “Empréstimo a Termo de Fidelidade”.

Os instrumentos financeiros, em termos simples, são maneiras de as companhias aéreas levantarem dinheiro usando seus programas de fidelidade ou de passageiro frequente como garantia. A opção de financiamento foi empregada durante a pandemia de covid-19, enquanto as companhias aéreas enfrentaram uma crise de caixa devido a restrições de viagem.

O financiamento de dívida não é uma operação atípica para as companhias aéreas. Historicamente, as empresas usaram aeronaves e até peças de reposição para respaldar estruturas de dívida complexas. Os programas de passageiro frequente são valiosos; os clientes acumulam milhas mesmo quando gastam em compras não aéreas com o cartão de crédito de marca compartilhada da companhia aérea. A receita dessas transações impulsiona as empresas em tempos difíceis para viagens.

Em um esforço para gerar mais dinheiro, a JetBlue também anunciou planos para vender US$ 400 milhões em dívida na forma de títulos conversíveis com vencimento em 2029. Os lucros da venda serão usados para comprar uma parte de sua dívida que vence em 2026, financiar projetos corporativos gerais e pagar taxas e despesas associadas à oferta da dívida.

A JetBlue tinha US$ 5,37 bilhões em dívida total em 30 de junho, de acordo com seu último comunicado de resultados.

As ações também estão sentindo o efeito de análise da S&P Global Ratings, Moody’s Investors Service e Fitch Ratings – as três grandes agências de classificação de risco – que rebaixaram as classificações dos títulos da JetBlue nesta segunda-feira. As agências citaram desafios de curto prazo, como custos trabalhistas e exposição limitada a voos internacionais de longa distância, o que pode prejudicar o crescimento.

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Fonte: Dow Jones Newswires

(Com Estadão Conteúdo)

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