A análise do BTG Pactual (BPAC11) sobre a JHSF (JHSF3) destacou resultados mais fracos do que o esperado no terceiro trimestre de 2024. A receita líquida da empresa foi de R$ 373 milhões, um aumento de 7% em relação ao ano anterior, mas ainda 13% abaixo das projeções do banco.
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O Ebitda ajustado foi de R$ 106 milhões, também 43% inferior às estimativas, com uma margem de 28%, enquanto o lucro operacional foi impactado pela baixa rentabilidade no segmento habitacional.
O Fundo de Fluxo de Caixa Operacional (FFO) atingiu R$ 26 milhões, uma queda de 30% em relação ao ano anterior, representando apenas 20% das expectativas do BTG.
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O lucro líquido por ação (EPS), no entanto, teve um desempenho positivo, aumentando 88% ano a ano para R$ 0,22, impulsionado por ganhos não recorrentes.
Em relação ao endividamento, a JHSF apresentou uma queima de caixa de R$ 23 milhões no período, influenciada por investimentos em projetos imobiliários e expansões de shopping centers.
Dívida
A dívida líquida chegou a R$ 2,65 bilhões, o que eleva a alavancagem para 4,6 vezes o Ebitda ajustado dos últimos 12 meses, um fator de preocupação para os analistas.
O segmento habitacional da empresa foi apontado como o principal desafio, devido à menor receita reconhecida e margens reduzidas.
Por outro lado, o banco enfatizou o potencial do setor de shoppings e hospitalidade, que pode contribuir para uma recuperação gradual nos próximos trimestres.
Apesar dos desafios operacionais, o BTG mantém a recomendação de compra para as ações da JHSF, argumentando que o desconto de 0,6 vezes o preço sobre o valor patrimonial líquido (P/NAV) apresenta uma oportunidade de longo prazo para investidores.
No entanto, o banco alerta para o impacto contínuo da alta alavancagem nos resultados futuros e projeta um cenário de recuperação lenta.
Com base nos números apresentados, o BTG sugere que a empresa invista em melhorias de eficiência e gestão de custos para fortalecer sua posição financeira.
A avaliação ressalta que o foco da JHSF deve ser na execução operacional e na exploração do potencial de seus ativos em shoppings e hospitalidade, enquanto busca soluções para equilibrar o segmento habitacional e reduzir os níveis de endividamento.