Em sua carteira recomendada de criptomoedas para novembro, o BTG Pactual promoveu ajustes estratégicos que refletem mudanças recentes na dinâmica do mercado. Entre as principais movimentações, destaca-se a inclusão da criptomoeda Jito (JTOUSD), associada ao ecossistema Solana (SOLUSD), que busca capturar o potencial das plataformas de liquid staking. Além disso, a instituição optou por realocar parte de sua exposição ao Ether (ETHUSD), refletindo uma redução na atividade e no volume de transações na rede Ethereum nos últimos meses.
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Segundo o BTG, a decisão de diminuir a posição em Ether está relacionada ao declínio no uso da rede Ethereum, que registrou uma queda de 26% nos usuários ativos e 31% no volume negociado em DeFi nos últimos seis meses.
A instituição aponta que o crescimento das soluções de segunda camada, as chamadas layer-2, como Arbitrum e Optimism (OPUSD), contribui para a redução da atividade na rede principal do Ethereum, ao transferir parte das transações para esses ambientes que oferecem maior eficiência. Além disso, a concorrência de outras blockchains de primeira camada, como a Solana, tem atraído novos desenvolvedores e usuários, gerando uma migração de atividades e inovação.
A realocação do Ether na Carteira Conservadora foi direcionada para o Bitcoin (BTCUSD), em linha com o interesse crescente de investidores institucionais pela criptomoeda. O BTG destacou o fluxo robusto de capital para o Bitcoin, o que evidencia sua crescente adoção em estratégias de tesourarias corporativas e seu papel como ativo de reserva digital. Esse ajuste reflete uma visão conservadora de longo prazo, focada na estabilidade e segurança associadas ao Bitcoin, que ainda lidera como principal reserva de valor entre as criptomoedas.
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Outro destaque nas movimentações do BTG foi a remoção do token Immutable X (IMX) das Carteiras Moderada e Sofisticada, em resposta a um aviso recente da SEC (Securities and Exchange Comission), que indica uma possível ação legal envolvendo o token. Embora o BTG considere os fundamentos do projeto sólidos, a decisão visa mitigar os riscos regulatórios até que haja maior clareza sobre o status legal do ativo. Essa postura cautelosa reforça o compromisso do banco com a gestão de riscos em um cenário regulatório em evolução.
A inclusão de Jito (JTO) na carteira é um movimento estratégico que visa expandir a exposição do portfólio ao subsetor de plataformas de liquid staking. Jito, uma solução que opera na rede Solana, complementa a posição de Lido (LDOUSD) na carteira, que já atua no segmento de liquid staking para Ethereum.
Nos últimos seis meses, o protocolo Jito apresentou uma expansão notável, com um crescimento de mais de 70% no valor total em staking e uma elevação de 113% na receita gerada pelo protocolo, impulsionada pelo aumento de usuários no ecossistema Solana. Esse desempenho positivo evidencia o potencial de crescimento e valorização de Jito como plataforma de liquid staking, uma vertente promissora dentro do setor DeFi.
Com isso, a carteira do BTG ficou assim: Bitcoin (40,76%), Ethereum (22,64%), Solana (13,82%), Avalanche (5,33%), Lido (3,75%), Aave (3,49%), Jito (3%), Render (4,54%) e Ondo Finance (2,66%).