O ministro das Relações Exteriores da Jordânia disse nesta quinta-feira que o país teme que o pior ainda esteja por vir na guerra entre Israel e Hamas, já que não há sinais de sucesso nos esforços para diminuir as tensões.
Um ataque mortal realizado em 7 de outubro pelo grupo islâmico palestino Hamas matou 1.400 pessoas, levando Israel a bombardear a Faixa de Gaza em ataques que mataram milhares de pessoas e deixaram mais de um milhão de desabrigados.
Em declarações em coletiva de imprensa com seu homólogo alemão, Ayman Safadi disse que a guerra teria “repercussões catastróficas” e pediu a “proteção da região do perigo da sua expansão”.
“Todas as indicações são de que o pior está por vir. A catástrofe terá consequências dolorosas nos próximos períodos”, disse Safadi, acrescentando que os esforços diplomáticos não estavam produzindo resultados para pôr fim ao conflito.
“A decisão de acabar com a guerra não cabe a nós, cabe a Israel, e devemos exercer todos os esforços para acabar com ela”, disse Safadi.
Os temores de uma guerra crescente também lançaram uma sombra sobre uma reunião entre o rei Abdullah, da Jordânia, e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, na quinta-feira, no Cairo.
Em comunicado após a reunião, os dois líderes disseram que rejeitavam o deslocamento forçado de palestinos e que Israel estava “impondo punição coletiva” aos habitantes de Gaza, ao bombardear civis após o ataque do Hamas.
Em Amã, Safadi disse que o reino enfrentaria “com todos os seus meios” um deslocamento em massa de palestinos que resultaria em grandes mudanças na região.