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Juros: curva desinclina após PIB do 2º tri consolidar alta da Selic

Desta vez o PIB cresceu 1,4% ante o primeiro trimestre, acima da mediana de 0,9% e perto do teto, de 1,6%

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Fachada do Banco Central

O Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado no segundo trimestre ajudou a consolidar as apostas do mercado de uma alta da taxa Selic já na reunião de setembro, desenhando uma desinclinação na curva de juros vista desde cedo.

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Na parte da tarde, as taxas de Depósito Interfinanceiro (DIs) de curto renovaram mínimas, mas continuaram resistentes perto dos ajustes da véspera, e os vértices longos seguiram em baixa com a expectativa de que o se o Comitê de Política Monetária (Copom) atuar agora, pode haver espaço para flexibilização da política monetária no longo prazo.

“A última vez em que a curva ficou assim juros curtos mais resistentes, queda nos vértices médios e longos foi na divulgação do IBC-Br”, afirma Santiago Schmitt, especialista em renda fixa da Manchester Investimentos. O dado, divulgado em 16 de agosto, mostrou alta de 1,37% em junho ante maio, quase no teto das expectativas do mercado (1,40%).

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Desta vez o PIB cresceu 1,4% ante o primeiro trimestre, acima da mediana de 0,9% e perto do teto, de 1,6%, do Projeções Broadcast Inclusive, casas como Barclays, Bradesco, BTG Pactual, Citi e Goldman Sachs elevaram a projeção para o PIB de 2024 ao se depararem com uma atividade real ainda forte.

“A atividade se mostrando mais aquecida reitera a necessidade de o Banco Central ter mais cautela. Maior consumo traz maior efeito inflacionário. O mercado como um todo reitera apostas em juros mais altos no curto prazo. Os DIs curtos estão totalmente correlacionados com a expectativa de alta da Selic, e a ponta longa cai porque, dada a sinalização do Copom de que se preciso vai aumentar os juros, isso pode acabar aliviando as coisas à frente”, complementa Schmitt.

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Com isso, a curva de DIs indica que o mercado precifica que a probabilidade de uma alta de 0,5% da Selic em setembro já está em 80%, segundo Caio Schettino, head de alocações da Criteria.

“Mercado está bem ancorado na expectativa de alta de 0,5% em setembro. A curva também mostra aumento de 0,5% nas reuniões de novembro e dezembro, e mais uma alta de 0,25% na Selic em janeiro para ‘fazer pente fino'”, afirma.

Na avaliação de Alan Martins, analista da Nova Futura Investimentos, as taxas curtas renovaram mínimas no período da tarde, ainda oscilando perto dos ajustes da véspera, por conta de um “ajuste intraday”.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,975%, na mínima perto dos 10,998% do ajuste de ontem, e o DI para janeiro de 2026 subiu a 11,925%, ante 11,886% do ajuste.

A taxa do DI para janeiro de 2027 caiu para 11,960% de 11,977% do ajuste, e a de janeiro de 2029 recuou a 12,130%, ante 12,166% de ontem.

(Com Estadão Conteúdo)

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