A 3ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro homologou nesta terça-feira o plano de recuperação judicial da elétrica Light (LIGT3), que busca reestruturar uma dívida de 11 bilhões de reais.
O plano havia sido aprovado em assembleia no dia 29 de maio, com o apoio de mais de 99% dos credores, constituídos principalmente por debenturistas, bondholders e bancos.
A Light entrou em recuperação judicial em meados do ano passado, depois de uma deterioração da situação econômico-financeira de sua distribuidora de energia, que atende mais de 30 cidades do Rio de Janeiro.
A perda de capacidade financeira da distribuidora havia feito com que a agência reguladora Aneel emitisse uma intimação que poderia levar à caducidade da concessão da distribuição.
Essa intimação acabou sendo arquivada em maio, antes mesmo da aprovação do plano de recuperação judicial, com um “voto de confiança” da diretoria da Aneel nos esforços de reestruturação pela companhia.
Recuperação judicial
A Light informou no sábado que seu conselho de administração aprovou os termos e condições de um novo plano de recuperação judicial para a companhia.
O documento foi protocolado no processo de recuperação judicial em curso na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.
Entre as medidas previstas estão o aporte de recursos mediante aumento de capital, capitalização de determinados créditos por meio de títulos conversíveis e não conversíveis, e pagamento integral de credores com créditos de até 30 mil reais.
De acordo com o fato relevante da Light, o novo plano reflete modificações para alinhar os interesses de credores e outros “stakeholders” e detalha as etapas de implementação das medidas para recuperação da companhia.