A gestora Kinea, do Itaú, reduziu o posicionamento à bolsa brasileira como reflexo de novos sinais de intervenção do governo na Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3), com parte do risco transferido para bolsas internacionais.
Segundo uma carta mensal, a Kinea está “construtiva” em setores como utilidades públicas e bancos, “mas diante de oportunidades mais claras no exterior consideramos adequada essa realocação de risco”.
“Consideramos que, no momento, a renda variável permite exposição a diversos temas micro não correlacionados, os quais permitem a construção de um portfólio adequadamente diversificado em diferentes temas de investimento”, aponta o documento.
A Kinea destaca as ações de semicondutores, como TSMC (TSM; TSMC34), ligadas ao crescimento de aplicações para inteligência artificial e recuperação do ciclo de manufatura global.
“Na parte cíclica do portfólio, também estamos comprados no setor industrial e durante o mês aumentamos nossa exposição ao setor aeroespacial em empresas como Embraer (EMBR3), Rolls-Royce, Safran e GE”, apontam.
Já na parte mais defensiva do portfólio, continua comprada no setor de saúde, principalmente nos subsegmentos de biotecnologia, equipamentos médicos e laboratoriais, onde há boas oportunidades de crescimento e recuperação.
“Particularmente em biotecnologia, o setor está descontado em relação ao seu histórico, com boas possibilidades de crescimento orgânico e aceleração de M&A em um cenário de cortes de juros e maior acesso a financiamento”, revela a Kinea.