O líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, falando pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e Hamas, disse nesta sexta-feira que um conflito mais amplo no Oriente Médio é uma possibilidade realista, em discurso que se esperava que indicasse se o seu grupo travaria uma guerra contra Israel.
Força militar apoiada pelo Irã, o Hezbollah tem enfrentado forças israelenses ao longo da fronteira Líbano-Israel, na escalada mais mortal desde que travou uma guerra com Israel em 2006.
O Hezbollah tem intensificado as ações dia após dia, forçando Israel a manter suas forças perto da fronteira libanesa em vez da Faixa de Gaza e da Cisjordânia ocupada, disse Nasrallah em discurso televisionado.
“O que está acontecendo na fronteira pode parecer modesto, mas é muito importante”.
Nasrallah culpou os Estados Unidos pela guerra em Gaza e pelo elevado número de mortos de civis, e disse que uma diminuição da violência no enclave sitiado é vital para evitar uma guerra regional.
O líder do Hezbollah afirmou ainda que a operação lançada pelo grupo militante Hamas contra Israel em 7 de outubro foi “100% palestina”.
Nasrallah agradeceu aos grupos no Iêmen e no Iraque, parte do que é conhecido como “Eixo de Resistência”. Inclui as milícias iraquianas muçulmanas xiitas que têm disparado contra as forças dos Estados Unidos na Síria e no Iraque, e os houthis do Iêmen, que se juntaram ao conflito disparando drones contra Israel.
Ele disse que a operação de 7 de outubro provocou um “terremoto” em Israel e que expôs a fraqueza do país.