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Light diz que vai apresentar versão atualizada de plano de recuperação judicial

por Reuters
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Favela Rio de Janeiro

A Light Energia (LIGT3) divulgou nesta quarta-feira os termos e as condições para uma atualização de sua recuperação judicial, que vêm sendo negociada com seus principais credores, afirmando que houve uma melhora “drástica” em relação à proposta inicial e que não haverá haircut de sua dívida, que soma 11 bilhões de reais.

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Segundo materiais divulgados pela companhia, sua última proposta apresentada a credores “bondholders”, em meados de janeiro, prevê a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações.

Para quem aderir à essa proposta, o restante dos débitos seria pago em um prazo de oito anos e com remuneração pela variação do IPCA mais 5%. Para quem não aderir, o pagamento ocorreria em 12 anos e seria remunerado por IPCA mais 3%.

A Light também propôs uma capitalização de 1,5 bilhão de reais, com 1,0 bilhão de reais sendo ancorado por seus acionistas de referência, ao preço médio ponderado das ações nos últimos 45 dias. Está previsto um bônus de subscrição (“warrant”) com duas ações adicionais para cada nova ação.

“Durante os meses de janeiro e fevereiro, a Light e os credores trocaram propostas, mas ainda buscam um consenso em alguns pontos principais desta negociação”, disse a empresa, em comunicado à imprensa.

A Assembleia Geral de Credores que deliberará sobre o plano apresentado pela companhia foi marcada para 21 de março. Caso não haja aprovação do plano, há uma segunda convocação para 28 de março.

A apresentação de um novo plano de recuperação judicial pela companhia elétrica ocorre depois do fracasso na negociação com credores de uma primeira proposta, divulgada em julho do ano passado, que permitia aos credores converter 100% de suas dívidas em ações da Light SA, entre outras opções.

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Em recuperação judicial desde meados do ano passado, em processo envolvendo 11 bilhões de reais em dívidas, o grupo Light enfrenta um grave desequilíbrio financeiro em sua distribuidora de energia, responsável por atender consumidores de mais de 30 municípios do Rio de Janeiro.

A concessionária fluminense sofre com perda expressiva de receita provocada por furtos de energia e inadimplência em sua área de concessão, que inclui cerca de 250 das chamadas “áreas com severas restrições operativas” (ASRO).

Estas áreas são caracterizadas por altos índices de violência e estão localizadas onde as equipes da distribuidora têm dificuldades para realizar cobranças ou inspeções.

A negociação para uma reestruração financeira do governo ocorre em paralelo às discussões com o governo federal para uma renovação da concessão de distribuição, que expira em 2026.

O processo, crucial para garantir a sustentabilidade dos negócios da Light, está em compasso de espera, com o Ministério de Minas e Energia prometendo a edição de um decreto com as diretrizes gerais para as 20 concessionárias com contratos vencendo.

Veja o documento abaixo:

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