O índice de preços Ceagesp encerrou outubro em alta de 4,96% ante uma variação de 2,42% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de 6,74%. “Com o resultado, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de 2,37% no ano e 9,29% em 12 meses”, disse a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo.
O setor de frutas variou 6,70% ante 4,50% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 6,43%. Com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de 11,63% no ano e de 14,94% em 12 meses.
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Preços azedos
As principais altas ocorreram nos preços de limão taiti (+53,86%) e abacate breda (+44,21%). As principais reduções ocorreram nos preços de mamão havaí (-31,75%) e manga Tommy (-29,70%).
Segundo a Ceagesp, os citros mantiveram a trajetória de alta nos preços devido ao período de entressafra do limão taiti e aos estoques reduzidos de laranja para o mercado in natura.
“Os impactos do greening e da estiagem continuam pressionando os preços, porém, a tendência para o limão taiti é de arrefecimento nos preços à medida que o volume de oferta no mercado atacadista aumente com a proximidade do final do ano”, ressalta o entreposto.
Já para as laranjas, o cenário de preço alto deve continuar.
Conforme a análise, os estoques da indústria de sucos para exportação continuam abaixo da média, o que acaba provocando a compra das laranjas “de mesa”.
A alta do dólar é outro fator preponderante para a elevação dos preços nacionais. Em outubro, o limão taiti encerrou o período ao preço médio de R$ 5,59/kg, enquanto as laranjas Pera e Lima ficaram em R$ 4,86/kg e R$ 6,38/kg, respectivamente. Em alguns supermercados de São Paulo, contudo, o preço do limão é visto a R$ 18/kg.
O que é o greening?
O greening, também conhecido como Huanglongbing (HLB), é uma das mais graves doenças que afetam a citricultura mundial, inclusive no Brasil. Causado por bactérias do gênero Candidatus Liberibacter, transmitidas por insetos vetores como o psilídeo Diaphorina citri, o greening compromete a produção de citros, incluindo o limão, ao causar deformidades, queda precoce dos frutos e redução significativa na qualidade e quantidade da produção.
Segundo um estudo da Embrapa, a doença não tem cura e exige rigoroso controle integrado, incluindo o monitoramento das lavouras, a eliminação de plantas doentes e o controle do inseto transmissor.
O avanço do greening no Brasil preocupa, especialmente em estados como São Paulo e Minas Gerais, principais regiões produtoras, onde a doença se alastra rapidamente e afeta a economia local. Pesquisas como as do Fundecitrus buscam métodos de manejo mais eficazes para conter o greening e minimizar suas perdas econômicas e agronômicas na produção de limões e outros citros.
Legumes
O setor de legumes variou 5,16% ante 1,58% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 1,48%. Com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de -9,77% no ano e de 3,87% em 12 meses.
As principais altas ocorreram nos preços do pimentão verde (+29,49%) e inhame (+18,98%). As principais reduções ocorreram nos preços da abobrinha italiana (-32,70%) e pepino caipira (-19,99%).
O setor de verduras variou 2,64% ante uma variação de -8,74% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 26,99%. Com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de -30,47% no ano e de -24,13% em 12 meses.
As principais altas ocorreram nos preços do brócolis (+33,14%) e do almeirão (+31,31%). As principais reduções ocorreram nos preços da beterraba com folhas(-18,01%) e cenoura com folhas (-17,02%).
O setor de diversos variou -4,30% ante uma variação de -4,16% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 14,18%. Com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de -8,53% no ano e de 8,80% em 12 meses. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 55% apresentaram redução de preço.
As principais reduções ocorreram nos preços da cebola nacional (-25,00%) e batata Asterix (-17,84%). As principais altas ocorreram nos preços do coco seco (+10,67%) e dos ovos brancos (+6,65%).
O setor de pescados variou 0,31% ante uma variação de 2,12% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -0,11%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -1,21% no ano e de 0,19% em 12 meses.
As principais altas ocorreram nos preços de curimba (+51,89%) e cavalinha (+37,02%). As principais reduções ocorreram nos preços de peroá branco (-37,37%) e polvo (-7,77%).
(Com Estadão Conteúdo)