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LinkedIn diz que empresa de espionagem tinha ativistas e jornalistas húngaros como alvos

O LinkedIn não anunciou para quem a empresa poderia estar trabalhando e não respondeu a uma pergunta sobre quantas contas fake foram excluídas

por Reuters
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(Imagem: Reprodução/Freepik/@ijeab)

A empresa privada de espionagem Black Cube está por trás de uma campanha de vídeo oculta que foi usada na rede social LinkedIn para atacar ativistas e jornalistas húngaros antes da eleição do ano passado no país europeu, informou na quinta-feira a rede de networking.

Uma pesquisadora do LinkedIn, cuja dona é a Microsoft, disse que a Black Cube, que tem sede em Israel, criou uma rede de perfis falsos que usavam ofertas inexistentes de empregos para se conectar com seus alvos na plataforma.

“Subsequentemente, conversas de vídeo ocorriam com alguns dos alvos fora da plataforma, e trechos dessas conversas eram usados como parte de uma campanha para colocar ONGs (organizações não-governamentais) em descrédito na Hungria”, disse a pesquisadora, Mona Damian, na conferência Cyberwarcon, em Arlington, na Virgínia.

Ela afirmou que uma rede de contas falsas administradas pela Black Cube foi derrubada e que a página da empresa na plataforma foi removida, “dado o alto volume de abusos e a clara violação dos nossos termos de serviço”.

A Black Cube, que ficou famosa pelas suas operações secretas em prol do estuprador de Hollywood Harvey Weinstein, disse em comunicado que apenas trabalhava em relação a litígios e “crimes do colarinho branco” e que operava “de acordo com aconselhamento jurídico”. No passado, a companhia havia dito que não atuava no mundo virtual.

O LinkedIn não anunciou para quem a empresa poderia estar trabalhando e não respondeu a uma pergunta sobre quantas contas fake foram excluídas.

Um porta-voz do governo da Hungria não retornou as mensagens que pediam um comentário de Budapeste.

O site Politico informou que a Black Cube foi previamente acusada de interferir na eleição húngara de 2018, depois que operadores disfarçados grampearam líderes de ONGs em restaurantes e publicaram suas imagens em meios de comunicação de direita.

A operação atribuída à Black Cube no LinkedIn começou em 2020 e teve como alvo 12 ativistas e jornalistas que eram críticos ao primeiro-ministro do país, Viktor Orbán.

A Reuters falou com eles no ano passado, depois de vários terem sido secretamente gravados em ligações de vídeo. As imagens foram publicadas na mídia pró-governo antes das eleições de abril de 2022, que resultaram em uma vitória esmagadora de Orbán, cujo governo frequentemente classifica ONGs e governos como ferramentas de forças externas. 

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