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Lítio, divórcio e ações em queda: o tumulto na mineradora brasileira Sigma Lithium

O lítio é um mineral é essencial para a fabricação de baterias de longa duração que equipam veículos elétricos, parte da transição energética

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Produção da Sigma Lithium na mina Grota do Cirilo (MG), Brasil

As ações da mineradora brasileira de lítio Sigma Lithium (S2GM34) despencam 8% nesta quinta-feira (5) em suas negociações na B3, Nasdaq e TSX (Canadá)

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Um imbróglio envolvendo um divórcio e a renúncia de diretores têm movimentado o mercado.

O lítio é um mineral é essencial para a fabricação de baterias de longa duração que equipam veículos elétricos, indústria que vem sendo impulsionada pela transição energética.

O primeiro embarque do “lítio verde” da Sigma, extraído no Vale do Jequitinhonha, foi acompanhado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e aconteceu no final de julho.

A remessa foi enviada a empresa chinesa Yahua reúne 15 mil toneladas de lítio de alta pureza e 15 mil toneladas de rejeitos ultrafinos. Até o final do ano, a estimativa de exportação é de cerca de 130 mil toneladas.

Demissão

O diretor de operações da Sigma, Brian Talbot, deixou a empresa no fim do mês passado, disse ele à Reuters nesta quinta-feira, na mais recente reestruturação de liderança na mineradora sediada em Vancouver.

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Talbot assumiu o cargo de COO no ano passado, supervisionando as operações na mina Grota do Cirilo, a principal da Sigma. Sua saída da Sigma, empresa vista como referência no setor de lítio em crescimento no Brasil, ocorre em meio a uma batalha legal entre o casal que comandou a empresa junto até o início deste ano.

Talbot disse que apresentou sua renúncia à Sigma no final de julho e que seu último dia na empresa foi sexta-feira, 29 de setembro. Ele não deu um motivo para sua saída.

A Sigma não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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Grota do Cirilo, da Sigma, que está entre os maiores e mais altos depósitos de lítio em rocha dura do mundo (Imagem: Site/ Sigma Lithium)

Divórcio

Na semana passada, a Reuters informou que o processo de divórcio entre a atual CEO da Sigma, Ana Cabral-Gardner, e Calvyn Gardner, seu marido e ex-co-CEO, desencadeou várias ações judiciais, incluindo uma disputa sobre alguns dos direitos minerários onde a Sigma planeja desenvolver minas.

Na época, a Sigma disse à Reuters que a disputa não afetaria seus planos de expansão, pois afirmou que poderia desenvolver a área por meio de um “contrato de compartilhamento de material estéril”. Também afirmou que os esforços para atrair um comprador para a Sigma não foram afetados.

Gardner deixou seu cargo de co-CEO em janeiro, e a Sigma anunciou um novo diretor financeiro em agosto.

Cemig

No final de agosto, a Cemig (CMIG4) fechou contrato para o fornecimento de energia limpa, renovável e de baixo custo à Sigma Lithium.

O acordo celebrado no mercado livre de energia possibilitará à Sigma uma economia de cerca de 60 milhões de reais ao longo de sua vigência, em comparação com a aquisição de energia via mercado cativo.

(Com Reuters)

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