O lucro líquido da M. Dias Branco no segundo trimestre de 2024 foi de R$ 189,9 milhões, uma redução de 12,8% em relação ao mesmo período de 2023, quando o resultado foi de R$ 217,9 milhões. Esse declínio é atribuído principalmente ao impacto da queda dos preços médios dos produtos e ao aumento dos custos operacionais.
A empresa disse que enfrentou desafios com a queda nos preços das commodities até meados do trimestre, o que impactou negativamente os preços médios de venda. Contudo, a partir da segunda metade do trimestre, o cenário mudou com a desvalorização do real e o aumento nos custos, levando a ajustes de preços em seus produtos.
O Ebitda atingiu R$ 336,8 milhões, representando uma redução de 10,6% em comparação aos R$ 376,8 milhões registrados no ano anterior. A margem, que foi de 12,8%, também registrou uma leve queda em relação ao mesmo período do ano anterior, de 13,2%.
A receita líquida totalizou R$ 2,63 bilhões, uma queda de 7,7% em relação ao ano passado, quando a receita foi de R$ 2,85 bilhões. A diminuição na receita reflete a retração nos preços médios de venda, especialmente em categorias como biscoitos e massas, que foram afetadas pela redução dos preços das commodities, como o trigo.
Volume de vendas
O volume total de vendas cresceu 11,6%, com destaque para o segmento de massas, que registrou um aumento de 8,9%. Esse crescimento no volume de vendas reflete a estratégia da empresa de expandir sua presença no mercado, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, e de aumentar a utilização da capacidade produtiva, que atingiu 71,9% no trimestre.
A geração operacional de caixa foi de R$ 211,5 milhões, uma queda significativa de 58,7% em relação aos R$ 511,8 milhões gerados no ano anterior.
Desempenho e custos
No segmento de biscoitos, a receita líquida caiu 8,4%, enquanto o volume de vendas aumentou apenas 1%. No segmento de massas, a receita líquida diminuiu 2%, apesar de um aumento de 8,9% no volume de vendas.
Os custos dos produtos vendidos (CPV) caíram 11,1%, mas os custos operacionais como um todo aumentaram, impactados pela desvalorização do real e o aumento nos volumes vendidos. As despesas operacionais totais foram de R$ 669,3 milhões, um aumento de 2,5%.
A empresa encerrou o trimestre com um caixa líquido de R$ 80,7 milhões, revertendo a posição de dívida líquida registrada no mesmo período do ano anterior. Essa melhora na posição de caixa é atribuída à forte geração de caixa operacional e ao controle rigoroso dos custos.
Os investimentos totalizaram R$ 60,9 milhões, uma redução de 15,3%. Os principais investimentos foram direcionados para melhorias nas unidades de produção e aquisição de novos equipamentos.
