A receita operacional líquida da Romi (ROMI3) alcançou R$ 295,2 milhões no segundo trimestre de 2024, uma queda de 4,4% em relação ao mesmo período de 2023, devido principalmente à redução nas vendas de peças fundidas e usinadas., mostra um documento enviado à CVM na noite de terça-feira (16).
Apesar disso, a unidade de Máquinas Romi apresentou um crescimento significativo, impulsionado por um aumento na entrada de pedidos e na carteira de pedidos.
O lucro operacional (EBIT) ajustado foi de R$ 17,8 milhões, um aumento expressivo de 335,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2024, mas ainda 33,3% inferior ao segundo trimestre de 2023. Esse resultado reflete os desafios enfrentados, mas também o sucesso das estratégias de mitigação adotadas pela empresa, como a locação de máquinas e o foco em produtos de maior valor agregado. A margem operacional ajustada foi de 6%, uma melhora significativa em relação ao trimestre anterior.
O EBITDA ajustado no segundo trimestre de 2024 foi de R$ 33,3 milhões, representando uma margem de 11,3%. Esse resultado demonstra um crescimento de 82,7% em relação ao primeiro trimestre de 2024, embora ainda 19,3% inferior ao segundo trimestre de 2023. A empresa atribui esse desempenho à recuperação nas vendas e ao aumento na eficiência operacional, apesar das adversidades no mercado de fundidos e usinados.
O lucro líquido ajustado foi de R$ 24,9 milhões, uma queda de 4,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, houve um crescimento expressivo de 171,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mostrando uma recuperação robusta. A margem líquida ajustada foi de 8,4%, refletindo a capacidade da Romi de manter a rentabilidade mesmo em um ambiente econômico desafiador.
Carteira de pedidos
A Romi destacou o crescimento na entrada de pedidos, que atingiu R$ 321 milhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 13,9% em relação ao período homólogo. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela unidade de Máquinas Romi, que viu um aumento de 18,6% na entrada de pedidos. A consolidação dos novos modelos de negócio, como a locação de máquinas e a fintech PRODZ, contribuiu significativamente para esses resultados.
A carteira de pedidos da empresa alcançou R$ 662,9 milhões, um aumento de 24,0% em comparação com o segundo trimestre de 2023 e de 11,4% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Esse crescimento robusto na carteira de pedidos indica uma forte demanda pelos produtos da Romi, proporcionando uma base sólida para os próximos trimestres.
A receita operacional líquida da unidade de Máquinas Romi foi de R$ 220,1 milhões, um crescimento de 8,5% em relação ao segundo trimestre de 2023. Esse aumento reflete o sucesso na estratégia de diversificação de produtos e a recuperação nas vendas após um primeiro trimestre desafiador. A margem bruta dessa unidade manteve-se elevada, alcançando 37,1%.
A subsidiária alemã Burkhardt+Weber (B+W) apresentou um faturamento de R$ 28 milhões no segundo trimestre de 2024, uma redução de 38,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A empresa explicou que essa queda deve-se à sazonalidade das entregas, que estão concentradas no segundo semestre do ano.
A unidade de Fundidos e Usinados registrou uma receita operacional líquida de R$ 47,1 milhões, uma redução de 21,3% em relação ao segundo trimestre de 2023. Essa queda foi atribuída à diminuição nos negócios relacionados a peças fundidas e usinadas para o setor de máquinas agrícolas. A margem bruta dessa unidade também sofreu, refletindo o impacto da redução no volume de faturamento.
Veja o documento da Romi