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Lucro do BV recua no 2º tri ano a ano, mas banco vê perspectiva positiva

A carteira de crédito do banco controlado pelo grupo Votorantim e pelo Banco do Brasil cresceu 10,7% ano a ano

por Reuters
3 min leitura
Na base trimestral, houve alta de 1% no lucro, apoiada principalmente no negócios de financiamento de veículos (Imagem: You Tube/Votorantim)

O BV teve lucro líquido recorrente de 284 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 29,2% em relação ao mesmo período do ano passado, em resultado que o banco relaciona à conjuntura macroeconômica desafiadora, ainda com comprometimento da renda das famílias e taxas de juros em níveis elevados.

Na base trimestral, houve alta de 1% no lucro, apoiada principalmente no negócios de financiamento de veículos.

A carteira de crédito do banco controlado pelo grupo Votorantim e pelo Banco do Brasil cresceu 10,7% ano a ano, com expansão de 6,7% em veículos, a 42,9 bilhões e 8,5% no atacado, a 25,5 bilhões de reais.

Nas chamadas “avenidas de crescimento”, os empréstimos com garantia de veículos registraram um aumento de 81,7%, para 2,8 bilhões de reais, enquanto os financiamentos de painéis solares tiveram incremento 27,5%, para 4,6 bilhões de reais e a carteira de pequenas e médias empresas subiu 39,7%, a 1,8 bilhão de reais.

De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, a inadimplência acima de 90 dias do BV atingiu 5,4%, de 4,3% um ano antes e 5,2% no trimestre imediatamente anterior.

No varejo, o indicador avançou a 6,6%, de 5,5% um ano antes e 6,4% nos três primeiros meses de 2023. A carteira de veículos mostrou 4,9%, de 4,6% no mesmo intervalo de 2022 e 4,7% no primeiro trimestre deste ano. No atacado, encerrou em 0,3%, de 0,2% ano a ano e 0,4% no primeiro trimestre.

De acordo com o diretor financeiro do BV, Ronaldo Helpe, a elevação dos níveis de endividamento e comprometimento de renda das famílias, que alcançaram as máximas no início do primeiro trimestre de 2023, agora apresentam sinais de estabilização.

“Nós enxergamos uma melhora prospectiva do custo de crédito, mas que ainda não se refletiu no primeiro semestre”, afirmou.

Na base trimestral, porém, isso já começa a mostrar uma melhora, segundo o executivo, acrescentando que o custo de crédito recuou 12,6% na comparação com o trimestre anterior.

Helpe ressaltou que, do ponto de vista das safras, do crédito que o banco vem concedendo, elas têm sido de “excelente qualidade, dando mais confiança de aumentar o nível de novas concessões”. O executivo destacou em particular o financiamento a automóveis e de empréstimo com garantia de veículos.

“Tanto pela melhora das safras que temos visto e cenário de taxa de juros cadentes, isso traz uma perspectiva positiva para o segundo semestre”, reforçou, em visão semelhante a reportada mais cedo pelo Itaú Unibanco e nos últimos dias pelos rivais privados Bradesco e Santander Brasil.

O executivo também chamou a atenção para uma perspectiva de melhora na receita com tarifas.

O índice de cobertura do BV encerrou o trimestre em 154%, redução de 8,3 pontos em relação ao trimestre anterior, convergindo aos patamares históricos. Já o índice de Basileia fechou o período em 14,7%, alta de 0,5 ponto na base sequencial. Um ano antes, esses índices eram 203% e 17,3%, respectivamente.

O BV Open, negócio de plataforma que atua como canal de distribuição dos serviços do BV através de APIs e permite que mais empresas possam fazer parte do mercado financeiro, encerrou o segundo trimestre com mais de 100 parceiros de setores como educação, energia, saúde e e-commerce.

Bankly

Em relação ao acordo com a Méliuz, o plano de integração da conta corrente e cartão de crédito BV no aplicativo da Méliuz foi executado no primeiro semestre. Todas as novas contas abertas via Méliuz já são contas corrente BV, com a fase de testes superando 8 mil cartões emitidos.

No começo de junho, a Méliuz anunciou que assinou acordo definitivo para venda da fintech Bankly para o BV por 210 milhões de reais.

“Nós esperamos tanto aumentar a escala dessas operações quanto também aumentar o ‘range’ de produtos e serviços oferecidos para esses clientes.”

De acordo com Helpe, no caso da operação envolvendo o Bankly, o BV ainda aguarda trâmites regulatórios a serem cumpridos, como aprovação do Cade e do Banco Central.

“Mas como temos um acordo comercial já assinado, estabelecido, seguimos com a integração para a oferta de produtos e serviços para a base Méliuz através da Bankly”, afirmou.

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