O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou um crescimento de 15,8% no lucro líquido recorrente do primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, em resultado marcado por melhora na rentabilidade, com expansão da carteira de crédito e queda na inadimplência.
O maior banco brasileiro teve lucro líquido recorrente de 9,77 bilhões de reais nos primeiros três meses do ano, um pouco acima da média das projeções compiladas pela LSEG, de 9,73 bilhões de reais, de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira. Na base trimestral, cresceu 3,9%.
O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) alcançou 21,9%, de 20,7% um ano antes e 21,2% no último trimestre de 2023.
De acordo com o Itaú, entre os fatores que mais influenciaram os resultados estão o aumento da margem financeira com clientes e o avanço das receitas de serviços e seguros.
A carteira de crédito total ajustada apurou uma expansão de 2,8%, para 1,18 trilhão de reais em março, enquanto o índice de inadimplência de 90 dias caiu de 2,9% para 2,7%.
O custo do crédito totalizou 8,793 bilhões de reais, queda de 3,2% ano a ano. O banco atribuiu os números à qualidade das safras recentes.
Na base trimestral, porém, a carteira de crédito teve aumento de apenas 0,7%, com desempenho negativo de pessoas físicas (-0,6%). A inadimplência nessa comparação caiu apenas 0,1 ponto percentual e o custo do crédito teve baixa de 3,9%, com recuo de provisões (-1,8%).
As receitas com prestação de serviços aumentaram 4,9% ano a ano, mas recuaram 3,1% em relação ao último trimestre de 2023, para 10,852 bilhões de reais.
O índice de eficiência do banco acumulado de 12 meses foi de 39,6%, redução de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando no menor patamar desde a fusão entre Itaú e Unibanco.
“Nossos resultados no primeiro trimestre de 2024 seguem consistentes e em linha com os guidances propostos para o ano”, afirmou o CFO do Itaú Unibanco, Alexsandro Broedel, em comunicado à imprensa sobre os números.
O banco reiterou suas previsões para o ano, que contemplam expansão de 6,5% a 9,5% para a carteira de crédito total, aumento de 4,5% a 7,5% na margem financeira com clientes, custo do crédito de 33,5 bilhões a 36,5 bilhões de reais, entre outras estimativas.