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Lucro do JPMorgan sobe 6%, mas previsão de receita de juros fica abaixo do esperado

O presidente-executivo Jamie Dimon, entretanto, manteve seu tom cauteloso, apesar do crescente otimismo nos últimos meses sobre um pouso suave para a economia

por Reuters
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JPMorgan

O lucro do JPMorgan Chase aumentou 6% no primeiro trimestre, embora suas ações tenham caído depois que a previsão do banco para sua receita proveniente de pagamentos de juros ficou abaixo das expectativas dos analistas.

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Os altos custos dos empréstimos têm ajudado os credores a aumentar a receita líquida de juros (NII, na sigla inglês), ou a diferença entre o que os bancos ganham com os empréstimos e o que pagam pelos depósitos.

O JPMorgan, o maior banco dos Estados Unidos em ativos, também acrescentou bilhões de dólares em empréstimos ao seu balanço patrimonial após adquirir o falido First Republic Bank em maio do ano passado, aumentando ainda mais sua receita com juros.

O presidente-executivo Jamie Dimon, entretanto, manteve seu tom cauteloso, apesar do crescente otimismo nos últimos meses sobre um pouso suave para a economia.

“Muitos indicadores econômicos continuam sendo favoráveis. Entretanto, olhando para o futuro, continuamos atentos a uma série de forças incertas significativas”, disse ele em um comunicado.

Essas forças incluem conflitos globais “inquietantes”, pressão inflacionária persistente e a redução da liquidez de bancos centrais, disse Dimon.

O banco espera que a NII do ano inteiro, excluindo negociações, seja de 89 bilhões de dólares, dependendo das flutuações do mercado. Esse valor está acima da estimativa anterior de 88 bilhões de dólares, mas abaixo dos 90,68 bilhões de dólares que os analistas esperavam, de acordo com a LSEG.

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As ações do banco caíam 2% nas negociações pré-mercado. Os executivos do banco têm alertado há meses que seu aumento de NII não é sustentável.

Apesar da queda das ações, os analistas acreditam que esse foi mais um trimestre “sólido” do JPMorgan.

“As finanças do banco pareceram muito animadoras”, disse Octavio Marenzi, presidente-executivo da empresa de consultoria de gestão Opimas, acrescentando que o único aspecto negativo foi o aumento das despesas sem juros.

O lucro do banco foi de 13,42 bilhões de dólares, ou 4,44 dólares por ação, nos três meses encerrados em 31 de março, em comparação com 12,62 bilhões de dólares, ou 4,10 dólares por ação, um ano antes.

A NII aumentou 11%, atingindo 23,2 bilhões de dólares. Excluindo-se o impacto da First Republic, esse valor ainda foi 5% superior ao do ano anterior.

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