O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é preciso “dar tempo” ao presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, para que a taxa de juros caia nos próximos meses. Repetiu que não é possível esperar um “cavalo de pau” e uma queda imediata, culpando o antecessor, Roberto Campos Neto, pelas últimas altas.
“Tenho certeza de que o Gabriel Galípolo vai consertar a taxa de juros nesse País. Temos de dar a ele o tempo necessário para fazer as coisas. Ele não poderia entrar e dar um cavalo de pau. É preciso que vá com cuidado para que a gente não tenha uma trombada”, declarou, em entrevista à Rádio Diário FM, de Macapá, nesta quarta-feira, 12.
Lula disse que Campos Neto, antigo presidente do BC, “foi um cidadão que teve um comportamento muito anti-Brasil no Banco Central”.
“Ele falava mal do Brasil o tempo inteiro, passava descrédito para os empresários, inclusive no exterior. Ele foi se comprometendo e aumentando cada vez mais a taxa de juros”, declarou.
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O presidente disse que “Galípolo passará à história como o melhor presidente que o BC já teve em sua história, ele é muito inteligente, muito capaz e muito brasileiro”.
Inflação dos alimentos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo tem trabalhado em medidas para o mercado de trabalho, especialmente para atender as pessoas que trabalham por conta própria.
Lula disse que tem conversado com empresários, que se queixam que não conseguem mão de obra para suas empresas por causa dos benefícios sociais oferecidos pelo governo.
“Tenho conversado com muitos empresários e eles se queixam muito que querem contratar mão de obra e não existe, e eles jogam culpa nos benefícios que o governo oferece. O governo oferece benefício na perspectiva de que as pessoas possam conseguir empregos e sair do benefício, porque ele é para ajudar os mais necessitados”, declarou.
“Precisamos saber a causa para as pessoas não quererem entrar no mercado de trabalho. Possivelmente o salário seja baixo, possivelmente a juventude não tenha mais o sonho que eu tinha de assinar a carteira profissional e trabalhar das 7h às 18h, possivelmente a juventude quer ser empreendedora. Estamos trabalhando para dar oportunidade também às pessoas que querem trabalhar por conta própria”, completou.
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O presidente disse, ainda, que o custo de vida “preocupa” o governo. O presidente falou que vai se reunir com setores empresariais para tentar um acordo sobre a alta no custo de vida “Estamos vendo como fazer para baratear alimentos e continuar aumentando salário”, declarou.
Segundo o presidente, é preciso “nos preparar para atender o mercado externo (com os alimentos exportados) sem criar problema para o mercado interno”. “Estamos vendo como fazer para baratear alimentos e continuar aumentando salário”, declarou.
(Com Estadão Conteúdo)