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Madero “esquenta” IPO com margens melhores que Zamp e IMC

Empresa tem mantido um forte compromisso com seu plano de desalavancagem, através da otimização da estrutura de capital, diz o BTG

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Madero

O Grupo Madero, conhecida por suas operações no setor de restaurantes, mantém vivo o sonho de realizar um IPO (Oferta Pública Inicial) no futuro, avalia o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (4). O grupo já tinha iniciado um processo de venda de ações na B3 em 2021, mas desistiu no início de 2022.

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A companhia, fundada por Luiz Renato Durski Junior (Chef Junior) em 2005, conta com um portfólio de 275 unidades distribuídas em 18 estados brasileiros e adota uma estratégia de operação verticalizada, o que lhe proporciona margens superiores às de concorrentes como IMC (MEAL3), Zamp (ZAMP3) e Arcos Dorados.

“A empresa tem mantido um forte compromisso com seu plano de desalavancagem, através de sinalizações do management que tem buscado a otimização da estrutura de capital, com redução do ritmo de investimentos e poucas aberturas de novas lojas, focando na eficiência operacional, e sem deixar de lado possibilidade de um IPO no futuro”, mostra o relatório assinado por Thomas Teny, Renan Tiburcio, Frederico Khouri e Luís Fernando Gonçalves.

O Madero faz parte da carteira recomendada de títulos incentivados de crédito privado para outubro, ao lado de Armac (ARML3), Cogna (COGN3), Chesf Eletrobras, Âmbar, Brava (BRAV3), Mateus (GMAT3), Rede D’Or (RDOR3) – novidade do portfólio, Iguá Rio de Janeiro e Origem Energia. Os papeis da Rota das Bandeiras foram excluídos da lista.

Desalavancagem do Madero

A análise ressalta que o Madero tem mantido um forte compromisso com a desalavancagem financeira, refletido na redução de sua dívida líquida em 24% no segundo trimestre de 2024, alcançando R$ 669 milhões e uma alavancagem de 1,3x. Essa melhora na estrutura de capital, inclusive, resultou na elevação de seu rating pela agência S&P, que agora classifica a empresa com a nota A.

Além disso, a empresa se beneficiou do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE), o que contribuiu para um aumento significativo de sua margem EBITDA, chegando a 30,7% no período.

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Com uma estrutura verticalizada, o Madero consegue produzir cerca de 95% dos alimentos que serve em suas unidades em uma cozinha central de 32,1 mil metros quadrados, com capacidade para abastecer até 500 restaurantes. Esse modelo de operação garante uma eficiência que se traduz em margens operacionais elevadas.

A empresa também tem mostrado um crescimento sólido. No segundo trimestre de 2024, o Madero reportou uma receita líquida de R$ 497 milhões, um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado por um crescimento de 8,6% no tráfego de clientes e no desempenho de vendas em lojas comparáveis (SSS). O EBITDA ajustado, excluindo o impacto do PERSE, cresceu 25,5% a/a, atingindo R$ 121,5 milhões, com uma margem EBITDA de 26,6%.

Apesar de ter reduzido o ritmo de aberturas de novas lojas, a empresa continua focada em eficiência operacional, com o fechamento de apenas uma unidade da marca Jerônimo no último trimestre. O Madero possui um portfólio diversificado de marcas, que inclui o Madero Steak House, Madero Container e Jerônimo.

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