A transportadora dinamarquesa Maersk informou nesta quinta-feira que redirecionou quatro dos seus cinco navios de contêineres que estavam presos no Mar Vermelho de volta pelo Canal de Suez e para a longa jornada em torno da África para evitar o risco de ataque.
Militantes houthis do Iêmen recentemente atacaram vários navios no sul do Mar Vermelho, incluindo um da Maersk no último sábado, atrapalhando o comércio global e aumentando os temores de que o encarecimento das taxas de transporte marítimo levará a um novo surto de inflação global.
Em 19 de dezembro, os Estados Unidos lançaram uma operação multinacional para proteger o comércio no Mar Vermelho, mas muitas empresas de transporte marítimo e proprietários de cargas ainda estão desviando seus navios pela África.
A Maersk, que semana passada tentou brevemente reiniciar suas viagens pelo Mar Vermelho após uma pausa, disse na terça-feira que seus navios de contêineres novamente evitariam a rota que dá acesso ao Canal de Suez, um atalho entre a Ásia e a Europa.
Mas cinco navios da Maersk com destino à Ásia já haviam atravessado o canal pelo norte e deveriam viajar ao sul, passando pelo Iêmen, quando a pausa foi anunciada, deixando a tripulação e dezenas de milhares de contêineres no limbo.
Mandar os navios de volta pelo Canal de Suez implicaria novas taxas para pagar a passagem pelo canal, além de significativos atrasos e custos extra de combustível para a jornada em torno do Cabo da Boa Esperança.