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O Maior Erro de Quem Abre um Negócio

por Carolina Sandler
3 min leitura
O Maior Erro de Quem Abre um Negócio

“Olá Carolina, sou casada, não tenho filhos. Tenho vontade de ser empresária. Danço ballet clássico e vejo uma grande oportunidade de abrir uma loja de artigos de dança em minha cidade, visto que a concorrência é mínima e a demanda é grande. Porém, vejo três problemas: a queda do poder de compra das pessoas em função da crise que se aproxima, o aumento no valor dos impostos e a falta de capital. Isso me desestimula a levar a ideia adiante”.

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Recebo diariamente dúvidas de leitoras como está acima: mulheres que querem muito empreender, mas se sentem inseguras sobre como fazer isso. Afinal, quem não tem vontade de ser sua própria chefe, estipular seus horários, usufruir da flexibilidade de poder cuidar da carreira e dos filhos e ainda por cima fazer só o que gosta?

Parece um sonho, mas eu mesma posso dizer, como empreendedora, que sair da segurança do emprego para montar um negócio não é fácil. A insegurança é grande, os desafios são enormes e o momento da nossa economia não facilita para ninguém.

Para ser dona da sua empresa (e do seu nariz), você precisa trabalhar muito, bem mais do que trabalhava antes. Além de entender de várias outras questões: a parte financeira, administrativa, marketing, e assim por diante.

Começar o maior dos desafios

Então por onde começar? Muita gente diz que o primeiro passo é achar algo que você ame fazer, a exemplo da leitora que dança ballet e gostaria de abrir uma loja voltada para este mercado – parece óbvio, não?

Pois bem, eis o maior erro de todos: ter paixão pelo que faz é fundamental, mas não é o suficiente. Assumir que a paixão é o que vai fazer o negócio dar certo é perigosíssimo.

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Se a leitora decidir abrir a loja de artigos de ballet, ela terá de lidar com fornecedores, questões logísticas, montar uma equipe, encontrar um ponto de venda, manter a contabilidade da loja em dia…. Enfim, terá de tocar muitas outras questões além daquelas relacionadas com a sua grande paixão, o ballet.

Se você tem uma paixão, domina aquele assunto e se vê como a pessoa mais adequada para abrir um negócio voltado àquele universo – ninguém entende daquilo melhor do que você – saiba que, ao pensar assim, corre o risco de não olhar para todos os outros aspectos que contribuem para um negócio dar certo.

O risco é grande: de acordo com o IBGE, 48% das novas empresas fecham as portas depois de três anos.

Então o que você precisa considerar na hora de empreender?

A chave é pesquisar: se a leitora acredita que encontrou um nicho com grande demanda e pouca oferta precisa entender o motivo.

Será que ninguém nunca tentou montar uma loja de artigos de ballet na cidade dela? Se houve, porque não deu certo? Onde está a demanda? Qual é o melhor ponto para abrir a loja?

É necessário realizar um estudo de mercado para saber com clareza qual é o potencial da loja: quantas pessoas dançam ballet e comprariam dela na cidade, a frequência com que compram, que locais (academias e escolas de ballet) elas frequentam, e assim por diante.

Para montar um negócio, você deve ter paixão pelo que faz, mas também precisa se apaixonar pelo negócio e buscar entender todos os aspectos que vão permitir que você seja bem-sucedida.

A leitora acima levanta uma série de questões importantes, como tributação, custos e a crise econômica. Só não pode deixar de olhar para o que ela considerou como um fato: se há demanda de fato ou não.

Ao longo das próximas semanas, vou trazer aqui na Mulher Maravilha um material completo para você que quer empreender, mas tem uma série de inseguranças e não sabe bem por onde começar. Fique ligada!

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Nota: Esta coluna é mantida pela Empiricus, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.

Foto “Key to success”, Shutterstock.

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