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Marina diz que Fundo Clima do Brasil pode chegar a US$ 4 bi em recursos e Fundo Amazônia a R$ 6 bi

A ministra relatou que o Brasil tem atraído interesse de investidores e filantropos de todo o mundo e afirmou que o país está preparado para receber esses recursos tendo feito seu "dever de casa"

por Reuters
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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta terça-feira durante evento no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que o Fundo Clima do governo brasileiro pode saltar dos 2 bilhões de dólares em recursos atuais para 4 bilhões de dólares com um aporte do Banco Inter-Americano de Desenvolvimento.

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A ministra disse ainda que o Fundo Amazônia, voltado para ações de proteção da floresta, deverá chegar ao patamar de 6 bilhões de reais em recursos.

“O Fundo Amazônia quando nós retomamos, a partir de 2023, estava com 3 bilhões de reais. Agora já temos recursos (adicionais) da ordem de 3 bilhões de reais, o que fará 6 bilhões de reais”, disse a ministra.

(Imagem: Pixabay/lefteye81)

“O Fundo Clima já conta com 10 bilhões de reais, 2 bilhões de dólares, e com a possibilidade do Banco Inter-Americano aportar mais 2 bilhões (de dólares), o que faria aí algo em torno de 20 bilhões (de reais) para investimentos de base sustentável.”

A ministra relatou que o Brasil tem atraído interesse de investidores e filantropos de todo o mundo e afirmou que o país está preparado para receber esses recursos tendo feito seu “dever de casa”.

“(O Brasil é) um país que tem grandes possibilidades de receber grandes investimentos e está preparado para isso, inclusive fazendo o dever de casa em relação à reforma tributária e a uma série de questões, com responsabilidade fiscal, mas sem abrir mão dos compromissos sociais, que são importantes e históricos na agenda dos governos do presidente Lula”, disse Marina.

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Em sua fala em painel ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Saúde, Nísia Trindade, Marina também defendeu que o mundo precisa “colocar o pé no acelerador” dos investimentos em energias renováveis para combater os efeitos das mudanças climáticas.

Ela disse que esses investimentos devem ser liderados pelos países ricos, de acordo com o conceito de responsabilidades compartilhadas, mas proporcionais nos esforços para combater a mudança do clima, que leva em conta que os países tiveram maior contribuição histórica na emissão de gases do efeito estufa causadores do aquecimento global.

“Nós temos a partir da COP28 (conferência climática das Nações Unidas realizada no final do ano passado nos Emirados Árabes Unidos) uma decisão corajosa depois de 31 anos de colocar na agenda discussão da transição para o fim do uso de combustíveis fósseis. Isso significa colocar o pé no acelerador das energias renováveis, que terão que ser triplicadas”, disse.

“Ao mesmo tempo, de forma responsável, mas sem deixar de compreender que o grande problema que estamos enfrentando é o da emissão de CO2 em função de uso de carvão, petróleo e gás, (discutir) como que a gente vai fazendo esse debate no mundo. O pêndulo dos investimentos vai para este lugar, que é o da criação de um novo ciclo de prosperidade, para que a gente possa ter segurança energética, segurança alimentar, continuar tendo empregos e vida digna para as pessoas.”

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