A Mastercard anunciou nesta quinta-feira que prevê um crescimento mais fraco do que o esperado na receita líquida do quarto trimestre, sinalizando uma possível moderação nos volumes de gastos, à medida que um ambiente econômico incerto gera cautela entre os consumidores.
A previsão de um crescimento baixo da receita líquida para o quarto trimestre, mas ainda de dois dígitos percentuais, frente a estimativas da LSEG de crescimento de mais de 16%, fez com que as ações da empresa sediada em Nova York caíssem quase 6%, a 365,35 dólares, mínima de quase quatro meses.
Sinais “hawkish” (mais rigorosos contra a inflação) do Federal Reserve dos Estados Unidos, que se espera que eleve sua taxa de juros pelo menos mais uma vez antes do final deste ano, alimentaram temores de que juros mais altos possam levar a economia a uma recessão.
“Este foi um trimestre decepcionante, em nossa opinião, já que o ‘guidance’ ficou um pouco aquém das expectativas provavelmente elevadas”, disse Logan Purk, analista da Edward Jones.
“Embora a incerteza macroeconômica e geopolítica permaneça elevada, nosso modelo de negócios diversificado nos posiciona bem para capitalizar as oportunidades substanciais em pagamentos e serviços”, disse o presidente-executivo da Mastercard, Michael Miebach, em comunicado.
No terceiro trimestre, uma resiliência nos gastos ajudou a Mastercard a reportar lucro acima das expectativas. Excluindo custos isolados, a empresa lucrou 3,39 dólares por ação, ante estimativa de consenso de 3,21 dólares por papel.
A receita líquida da empresa aumentou 14%, para 6,5 bilhões de dólares.